Fotos: Corpo de Bombeiros de SC
Entre sexta-feira (20/07/18) e domingo (22), o campus da Univali em Itajaí (SC), reúne profissionais da área da saúde, bombeiros, policiais, treinadores e condutores de cães de busca e assistência. Eles vieram de várias partes do país para participar do Seminário Nacional de Terapia Assistida por Cães, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina em parceria com a universidade.
A ação é realizada com foco nas aplicações científicas da cinoterapia. O método utiliza cães ou outros animais como co-terapeutas em sessões de terapia de diversos pacientes.
Hoje o método é utilizado em Itajaí e Xanxerê, na socialização de pessoas com síndromes neurais ou dificuldades intelectuais, além de outras atividades terapêuticas. Além dos cinotécnicos do Estado, participam também profissionais do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia.
É a primeira vez que profissionais dessas áreas se reúnem para trocar informações sobre o assunto. Em Santa Catarina, o tenente-coronel dos bombeiros, Walter Parizotto, é o coordenador do serviço com cães da corporação. Segundo o oficial, para cada hora empenhada em ocorrências reais, os cães requerem pelo menos mil horas de treino. Quando eles não estão em atividade nelas, a cineterapia preenche essa lacuna.
“Nesse evento nós conseguimos, pela primeira vez, reunir bombeiros do país inteiro, muitos que já aplicam a cinoterapia, mas de forma empírica, além de outros que pretendem implementar. A Univale veio preencher a lacuna científica. Nós temos pesquisadores e também médicos, estes últimos abriram as portas da UTI para levar o cão como ferramenta de humanização”, comentou Parizotto.
A troca de conhecimento vai permitir que a atividade feita em alguns locais com certo empirismo, tenha cunho técnico e científico para melhorar ainda mais os resultados. “Eu tenho dois sonhos: um é que toda criança deveria ter direito a um cão. Outro, que todo hospital do Brasil tenha direito a um cão de assistência para humanizar melhor o atendimento prestado nesses locais”, destaca Parizotto.
Para ele é uma oportunidade de humanizar os hospitais, melhorar as sessões de fisioterapia, além de ser uma ferramenta psicológica e de educação. “Os cães tem inteligência apurada e uma capacidade de comunicação extraordinária. Nós podemos empenhá-los nessa atividade que faz bem a todos”, finaliza o tenente-coronel.