Vinte pessoas são presas na “Operação Onipresença” da Polícia Militar de Blumenau

 

Fotos: Giovanni Silva

Durante toda a sexta-feira (8/12/17), o 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) desencadeou a “Operação Onipresença” em Blumenau, com o objetivo de reprimir o crime nas áreas com maior registro de ocorrências.

Ao todo, a operação contou com a participação de 120 policiais, que vieram também dos batalhões de Itajaí, Brusque, Rio do Sul, além do Choque e Aéreo de Florianópolis.

 

 

A primeira etapa começou cedo no condomínio Parque das Nascentes I, localizado na Rua Santa Maria, bairro Progresso. O objetivo foi dar apoio à Celesc, no combate ao crime de furto de energia elétrica, situação recorrente que tem provocado enormes prejuízos à concessionária do serviço.

Com a confirmação da fraude pelos técnicos da Celesc, os policiais verificaram 32 apartamentos do condomínio, o que resultou na prisão de 17 pessoas. Em alguns apartamentos foram apreendidos um pé de maconha, várias pedras de crack e um simulacro de arma de fogo. Uma das pessoas detidas tinha mandado de prisão ativo pelo envolvimento em um homicídio.

 

 

No período da tarde, 18 barreiras policiais foram distribuídas no entorno de toda a cidade, fazendo um grande cerco. Diversas equipes realizaram varreduras em áreas críticas, para retirar de circulação armas, drogas e foragidos da Justiça.

Nessa etapa, que se estendeu até a madrugada deste sábado (9), foram realizadas abordagens a mais de 170 pessoas, o que resultou na prisão em flagrante de dois indivíduos pelo crime de tráfico de drogas, além de ter sido realizado o cumprimento de um mandado de prisão ativo e o recolhimento de um evadido do sistema penal de Imbituba, bem como a confecção de diversos procedimentos pelo crime de posse de drogas.

Segundo o comandante do 10º BPM, tenente coronel Jefferson Schmidt, que também participou da operação, os condomínios habitacionais são hoje um dos maiores redutos do crime em Blumenau, assim como na maioria das grandes cidades. “É resultado da omissão e falta de fiscalização das instituições competentes, que acabam permitindo a instalação de traficantes e de associações criminosas. São elas que amedrontam e expulsam os moradores de bem, além de serem responsáveis por diversos crimes na região” comentou.

Schmidt acrescenta ainda, que a falta de controle nos programas habitacionais causam dificuldades no desenvolvimento de políticas públicas de segurança. Isso também significa desperdício de verbas públicas, já que as estruturas dos condomínios se encontram deterioradas, e muitas unidades são abandonadas em razão do medo das pessoas beneficiadas pelo programa.