Celular vira ferramenta de estudo na EBM Fernando Ostermann

A aula de Português ganhou uma dinâmica diferente na EBM Fernando Ostermann, no bairro Boa Vista. A professora Juliana Luebke propôs aos alunos dos 8º e 9º anos uma atividade para incentivar a leitura e trabalhar diferentes formas de linguagem utilizando o celular como ferramenta.

A proposta consiste em gravar um vídeo a partir da resenha de livros escolhidos pelos próprios alunos. “Nessa idade, o hábito da leitura diminui muito, justamente porque os eletrônicos, como o celular, despertam mais a atenção dos adolescentes. A ideia de unir os dois foi justamente para tornar o livro mais atrativo”, explica a professora.

 

 

Divididos em grupos, os alunos tiveram de escrever a resenha em linguagem informal, para depois gravá-la com os próprios celulares. A edição também será por conta deles. “Achei a atividade inovadora, não tínhamos tarefas como essa, de usar o celular”, observou o estudante Diogo Leal, de 15 anos. A opinião foi compartilhada pelos colegas. “Foi interessante, porque o celular é proibido na escola. Deu até mais vontade de ler”, declarou Thays Gabriele Dantas. “Deveríamos ter mais trabalhos como esse”, acrescentou Sandro Oliveira da Silva.

Para a diretora, Silvia Castro, a proposta reforça a consciência de que os alunos devem utilizar o celular com responsabilidade, respeitando as regras da escola, que limitam o uso do aparelho durante o período de aulas. “Mas como o celular é algo que faz parte da realidade deles, é uma maneira de despertar o interesse para o lado pedagógico, onde o celular se torna uma ferramenta de trabalho e não apenas de lazer. Os resultados são surpreendentes”, pondera.

Depois que tudo estiver pronto, os vídeos serão apresentados para os demais colegas, em uma mostra que será realizada na unidade. Os trabalhos também serão postados na página da escola nas redes sociais.

Por Aline Franzoi Santos Fleith, da PMB