Quarta-feira (8) acontece a palestra gratuita sobre Bullying e Assédio nas empresas

 

Por Marcela Rolim

Bullying, assédio, violência, depressão, suicídio… É cada vez mais frequente escutarmos essas palavras. Recentemente, um caso em uma escola de Goiás assustou e alarmou todo o Brasil, ganhando as páginas de muitos jornais internacionais, inclusive. Um jovem aluno, que alegou sofrer bullying dos colegas de classe, atirou contra os estudantes em sala de aula.

No 1º semestre, uma situação de assédio corporativo, envolvendo um ator da Rede Globo, causou escândalo e mobilizou pessoas que saíram em defesa das vítimas de assédio, incentivando a denúncia. Em relação ao bullying e ao assédio moral no trabalho, uma pesquisa realizada com quase 5 mil mulheres, pelo vagas.com, apontou que mais da metade dos entrevistados (52%) já sofreram algum tipo de ameaça ou constrangimento no trabalho. Desse total, especificamente 4.975 pessoas, 87% assumiram não terem feito nenhum tipo de denúncia.

Muitos são os motivos pelos quais as pessoas não denunciam: pode ser por vergonha − e 11% das pessoas ouvidas confirmam isso − ou por ser hierarquicamente inferior ao agressor, conforme relataram 84% das vítimas; por medo de perder o emprego (39,4%) ou, ainda, pela certeza da impunidade; segundo 74,6% dos entrevistados que tiveram a coragem de relatar, o agressor permaneceu no emprego, entre outras situações. E por que as empresas e os órgãos responsáveis estão cada vez mais atuantes no combate a essas práticas abusivas? Porque além das sanções legais a que as empresas e os agressores estão suscetíveis, também há os danos físicos e psíquicos. Os males mais comuns são estresse, síndrome do pânico, depressão, enxaqueca, gastrites e dores nas costas. E como fazer para reduzir esses números e garantir um ambiente mais saudável e de boa convivência no trabalho?

É isso que os professores da FAE, o advogado Sérgio Pombo e a psicóloga Eunice Nascimento, falarão em um evento gratuito e aberto ao público, no dia 8 de novembro, às 19h15min, na FAE Blumenau (Rua Santo Antônio, s/nº). Mais informações 0800 727 2001.

“Nossa intenção é trazer o tema à tona. Falar sobre a importância de as empresas estabelecerem regras e fazer com que elas sejam cumpridas, por meio de campanhas e/ou treinamentos. Além do risco de o problema se tornar público, como aconteceu recentemente com o Uber e também com o presidente americano Bill Clinton, manchando a imagem da organização e da gestão, os agressores e as instituições podem sofrer penas rigorosas, com o objetivo de compensar a agressão”, explica o advogado Sérgio Pombo, um dos organizadores do evento. Ele afirma ainda que a má fama de alguma empresa ou profissional pode fazer com que bons profissionais queiram manter distância de empresas e pessoas envolvidas com bullying ou com assédio moral.

O que é bullying/ assédio?

  • Atos constrangedores que são cometidos contra profissionais de maneira repetida.
  • Submeter o colaborador a situações constrangedoras como “castigo” por não ter atingido a meta.
  • Fazer piadas que subjuguem o funcionário.
  • E-mails ou mensagens ameaçadoras.
  • Fazer brincadeiras que o desqualifiquem.
  • Excluí-lo.
  • Gritar com ele.
  • Impor-lhe determinada postura.