Às 9 horas da manhã desta quarta-feira (20/9/19), estava marcada a abertura dos envelopes do edital de licitação para construção da Ponte do Centro, que ligará as ruas Itajaí (Vorstadt) à Paraguai (Ponta Aguda). Representantes de 18 empresas já estavam no local, mas pouco antes do início, veio um documento do Tribunal de Contas de Santa Catarina, suspendendo o edital até que sejam respondidos alguns questionamentos.
O TCU pede esclarecimentos sobre a Licença Ambiental de competência Estadual emitida pelo Órgão Ambiental Municipal, a ausência de vários estudos, como o hidrológico, de Impacto Ambiental e também de Vizinhança, de estudos com contagens de origem e destino; de um parecer do IPHAN e outro atualizado da Fundação Catarinense de Cultura e da ausência de previsão de continuidade ao sistema viário.
Segundo entrevista do secretário de administração Anderson Rosa à jornalista Jamile Cardoso, durante o programa Balanço Geral da RIC TV; o documento já foi enviado à Procuradoria Geral do município, para dar o encaminhamento jurídico. Para o secretário, o texto repete uma série de pontos, que já teriam sido respondidos para os Ministérios Públicos Federal e Estadual. Rosa disse que o assunto já está sendo providenciado pelo corpo técnico da prefeitura, que tem mostrado muita segurança nas respostas.
A prefeitura terá 15 dias para responder ao Tribunal de Contas. Os documentos estão sendo reunidos, para reduzir o prejuízo no processo licitatório. Mas, para darem prosseguimento novamente ao edital, a prefeitura terá que recorrer da sustação. “A obra já começa sofrendo atraso, já que hoje era para serem abertas as propostas de habilitação” lembra o secretário, que se mostra muito tranquilo quanto aos questionamentos colocados.
Várias entidades de classe têm questionado o local da construção e a eficiência como solução para desafogar o trânsito na região. O assunto já foi tema de audiências públicas e reuniões entre especialistas, como engenheiros e arquitetos, cuja maioria acha melhor duplicar / aumentar a Ponte Adolfo Konder ou investir na ponte ligando as ruas Rodolfo Freygang e Chile, do que insistir na outra.
Além de todas as questões técnicas, também se fala do prejuízo paisagístico, já que a curva do rio Itajaí Açu, onde está a prainha e o Moinho do Vale, sempre foram os cartões postais da cidade. Os moradores da Rua Paraguai, bairro Ponta Aguda, também não gostam do volume de trânsito que a ponte traria ao local.