Proposta foi apresentada durante seminário sobre cooperação ítalo-brasileira realizado nesta terça-feira (13), em Brasília
Santa Catarina será piloto de um “desk náutico”, projeto de intercâmbio de tecnologias e capacitação do setor náutico. Um grupo de trabalho vai aprofundar os trabalhos para implantação da proposta, cujo objetivo é complementar e fortalecer a cadeia náutica no Estado. O projeto foi apresentado e discutido nesta terça-feira, 13 de maio, em Brasília, durante o seminário “A excelência italiana: tecnologias para a cooperação ítalo-brasileira”.
O evento é uma promoção da Embaixada da Itália em parceria com a Agência para Internacionalização das Empresas Italianas, e teve participação dos senadores catarinenses Luiz Henrique da Silveira e Casildo Maldaner. Entre as empresas do setor presentes no seminário, destacam-se Azimut e Grupo Perini, que produz embarcações na Itália. O “desk náutico” inclui a implantação, em parceria com universidades locais, de cursos de mestrado e de formação de designers ministrados por especialistas na área.
Representando o secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni, o auditor fiscal Renato Lacerda apresentou as políticas do Estado de Santa Catarina para atrair investimentos, com destaque para o Pronautica. “Desde a implantação do Pronautica, em 2009, Santa Catarina vem crescendo acima de 10% neste setor. Atraímos grandes marcas italianas, como Azimut-Benetti e a Sessa Marine, além da americana Brunswick e só perdemos para São Paulo em número de empresas”, destacou Lacerda.
Hoje, o Estado conta com três pólos náuticos: Itajaí, Joinville e Grande Florianópolis. Estima-se que nos últimos anos os investimentos no setor tenham se aproximado de R$ 300 milhões, gerando mais de 2000 empregos diretos no Estado. A arrecadação do setor saltou de R$ 4 milhões ao ano (2008) para cerca de R$ 16 milhões (2013). O setor também representa uma oportunidade para a indústria moveleira catarinense.
Um dos desafios para crescimento do setor é a deficiência de infraestrutura de apoio para os consumidores de barcos. A capacidade das marinas é equivalente a 80% da frota de embarcações atual. Das vagas existentes, 85% são vagas secas, ou seja, há necessidade de tirar a embarcação da água. Questões ambientais são as maiores dificuldades para implantação de novas marinas.
Assessoria de Comunicação SEF | Cléia Schmitz/Aline Cabral/Sarah Goulart