Para comprar algo, abastecer o carro ou se alimentar, todos precisam de um comerciante. A atividade é tão importante para facilitar o dia a dia do cidadão quanto é para milhões de trabalhadores do Comércio. Hoje, são 9.532.622 brasileiros com algum vínculo formal na atividade, de acordo com a última Relação Anual de Informações (RAIS) 2015. O setor só fica atrás do segmento de Serviços, que conta com 17.151.312 empregados registrados.
O coordenador geral do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Mário Magalhães, destaca que o setor tem uma grande capacidade de geração de empregos formais quando a economia nacional está em ascendência, e oferece flexibilidade para o trabalhador driblar o desemprego em momento de crise econômica com a criação de negócios autônomos formais e informais.
“Essa flexibilidade faz do comércio uma atividade fundamental, sobretudo, em momentos com restrições econômicas, pois oferece muitas alternativas de obtenção de renda. Mas o desejável, com o retorno do crescimento econômico, é que o setor amplie a formalização do trabalho proporcionando a todos os direitos trabalhistas. E que os trabalhadores, seja autônomo ou ambulante, continuem contribuindo com a previdência para garantir o tempo de contribuição para sua aposentadoria”, observa Magalhães.
De acordo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), o setor varejista do Comércio foi responsável por 83% do total dos trabalhadores com vínculo na atividade, totalizando 7.915.408 pessoas. Os demais 1.617.214 estão no segmento atacadista.
Produtos alimentícios, hipermercados e supermercados predominam na capacidade empregadora do comércio, com 1.261.157 trabalhadores envolvidos nessas atividades. Outras áreas que também se destacam na geração de postos de trabalho são empresas varejistas de ferragens, madeiras e de materiais de construção, com 650.645 mil pessoas registradas. Em seguida, os estabelecimentos de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinários registram 462.206 trabalhadores, segundo a Rais 2015.
“As contribuições do Comércio são valiosas, por isso, precisamos que o setor, um dos mais afetados pela crise econômica, restabeleça a capacidade de geração de empregos. Para tanto, é preciso que haja recuperação da massa salarial na economia como um todo, o que tem impacto na redução do endividamento das famílias, resultando também no aumento de consumo de bens e, consequentemente, na criação de empregos na atividade”, ressalta Mário Magalhães.
Fonte: Ministério do Trabalho