Educação apresenta novo Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental

 

Por Aline Franzoi Santos Fleith [PMB]

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) apresentou nesta sexta-feira (24/3/17), o novo Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental aos diretores e coordenadores das escolas municipais. Em debate desde o final do ano passado, o sistema foi atualizado a partir de observações da equipe da secretaria, bem como das sugestões de professores de toda a rede.

De acordo com a secretária de Educação, Patrícia Lueders, o sistema vigente foi instituído em 2005 e por isso necessitava ser modificado. “Esse documento já cumpriu o Plano Decenal da Educação e por isso, precisou ser atualizado conforme as mudanças que ocorreram na legislação nos últimos anos. O novo sistema dará, a partir de 2017, as diretrizes para a realização de avaliações de aprendizagem dos estudantes nas nossas 50 unidades escolares”, observou.

A discussão da proposta foi além da secretaria e contou com sugestões de todos os profissionais que atuam na rede. Uma das mudanças é a quantidade de avaliações por disciplina. Até então, eram obrigatórias a realização de quatro avaliações para Língua Portuguesa e Matemática, e três para as demais disciplinas. Agora, o número de avaliações a serem aplicadas em cada uma dependerá do número de aulas semanais na grade curricular, variando de quatro a duas avaliações.

Outra alteração importante ocorreu no cálculo das médias para passar de ano. O processo atual não estava garantindo a recuperação de estudos e da aprendizagem. Por isso, ao invés de realizar uma nova avaliação para recuperar a nota, os estudantes agora deverão recuperar conceitos e conteúdos e realizar uma avaliação ao final do trimestre, sempre que tirar nota inferior a seis. Valerá para a média anual a melhor nota.

Com o novo sistema, não haverá mais exame final. A ênfase da aprovação do aluno se dará na homologação do Conselho de Classe. Para isso, será avaliada a média anual, que deverá ser superior a 6,0 e a média global, que conterá todos os componentes curriculares e deverá ser de no mínimo 6,5.

Essas alterações têm o objetivo de proporcionar uma avaliação integral do aluno e não apenas seu desempenho em avaliações. “A avaliação é processual e deve assegurar a aprendizagem de todos. Para isto foi preciso mudar, para ampliar as concepções de avaliação na rede”, conclui a secretária de Educação.