Santa Catarina intensifica vigilância contra Influenza Aviária

 

A influenza aviária, ou gripe aviária, é causada por um vírus e a transmissão se dá pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados e especialmente pelo contato com aves doentes.  Os principais sintomas da doença nas aves são: dificuldade respiratória, crista e barbela inchadas e roxas, torcicolo e alta mortalidade.

Atendendo o alerta preventivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para Influenza Aviária, Santa Catarina intensifica as ações de vigilância sanitária nas granjas de aves e divisas do estado. Para preservar a saúde das aves, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) faz o constante monitoramento da situação sanitária da avicultura catarinense. Lembrando que a Influenza Aviária é uma doença exótica no Brasil, nunca detectada nos plantéis avícolas nacionais.

 

 

Para evitar o ingresso da Influenza Aviária no plantel de aves catarinense, a Cidasc está atenta às notificações de mortalidade e suspeita de ocorrência da doença e intensificou a fiscalização sanitária nas granjas avícolas (priorizando ​a orientação e cobrança aos produtores do cumprimento das medidas de biossegurança previstas na legislação). Além disso, o Departamento de Defesa Sanitária Animal faz a vigilância epidemiológica nos dois sítios de aves migratórias existentes no estado, na Foz do Rio Tijucas e na Foz do Rio Araranguá, e nas aves domésticas existentes num raio de 10 quilômetros desses locais. Esses sítios são espaços onde as aves migratórias param para alimentação e repouso e são monitorados durante todo período de migração. Por fim, a Companhia intensificou a vigilância nas barreiras sanitárias ao longo das divisas com outros estados e países.

Segundo a médica veterinária da Cidasc e coordenadora estadual do Programa de Sanidade Avícola, Alexandra Reali Olmos, este trabalho ocorre em praticamente todas as regiões do estado. “Atuamos de forma mais intensiva nas regiões com maior produção de aves, como as regiões oeste e sul, mas em alguns municípios da região litorânea também haverá uma intensificação da vigilância voltada às aves domésticas residentes próximas aos sítios de aves migratórias”.

Entre as medidas de prevenção que devem ser tomadas pelos produtores está evitar o contato de aves domésticas com aves silvestres; controle do trânsito de veículos e pessoas nas granjas; criação de aves em instalações fechadas, utilizando a tela anti-pássaros. A preocupação se estende a todos os tipos de aves, não só aos frangos.

Referência em sanidade animal, Santa Catarina investe em ações constantes de vigilância sanitária nas criações de aves. Em 2016, o Programa de Sanidade Avícola registrou 773 atendimentos à notificação de mortalidade de aves com investigação sanitária e 256 coletas de aves de descarte para vigilância ativa. Atualmente, 6.800 granjas de aves comerciais registradas no estado são monitoradas pelo Programa.

É importante lembrar que não existe nenhum risco de contágio através do consumo de carne de frango. Caso o produtor ou qualquer outro cidadão observe qualquer anormalidade, deve comunicar a Cidasc por meio do disque denúncia 0800 643 9300.

Barreiras Sanitárias

Na última quinta-feira (26/01/17), Santa Catarina e Paraná se uniram para intensificar a vigilância sanitária nas fronteiras. O Departamento Regional da Cidasc de São Lourenço do Oeste e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) monitoraram o trânsito de animais, com abordagem de mais de 400 veículos e entrega de materiais explicativos sobre a Influenza Aviária. As atividades preventivas acontecem em todas as barreiras sanitárias do estado.

Por Ana Ceron, da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca