Velha foi a região mais atingida com o temporal, onde choveu 79 mm em 3 horas

Rua Emílio Padaratz, no bairro Velha Central | Foto: William Quintino
Ribeirão da Velha, ao lado do Clube de Caça e Tiro Velha Central, na Rua dos Caçadores | Foto: Jean Carlos de Souza

 

No temporal desta quarta-feira (11/01/17), a região da Velha foi a mais atingida, onde foram registradas 10 ocorrências e 79 mm de chuva em 3 horas. Desta vez, foi o norte do município que mais sofreu, onde a chuva foi intensa na Itoupavazinha e Passo Manso, neste último, choveu 46mm no mesmo período.

As ocorrência no bairro Velha, foram deslizamentos nas ruas Joaquim Carlos de Souza, Rodolfo Bretzke e Arminio José Luiz. Também houve uma queda de árvore na Rua Bagé e várias quedas de muros, que ocorreram nas ruas Margarida Waldrich, Benjamin Constante Margarida e dos Trabalhadores (Velha Grande).

De acordo com o Diretor da Defesa Civil, Adriano da Cunha, as quedas de árvores sempre estão associadas a vendavais, diferente das quedas de muros, onde 95% dos casos estão relacionadas a falta de drenagem. “Um volume intenso de chuva, a falta ou uma drenagem mal feita, faz com que o muro acabe caindo por conta disso” explica Cunha.

Sobre essas chuvas de verão, o diretor comentou que elas tem a característica de não serem uniformes. “Temos regiões onde a chuva é mais intensa, enquanto em outras, tem um volume menor ou sequer acontece” completa Cunha.

Questionado sobre passar uma previsão mais precisa e com antecedência, Adriano disse que ela só pode ser feita em curtíssimo prazo, de 10 a 15 minutos antes, através do monitoramento do avanço das nuvens no radar, feito pelas meteorologistas do sistema AlertaBlu.

“Podemos detectar com certa antecedência onde há uma tendência para chuva, mas o local exato é complicado” comenta o diretor. “Depende muito onde o sistema está passando e quais as condições geográficas daquela região. Ele pode ficar preso em uma região mais montanhosa por não conseguir ultrapassá-la por exemplo”.

Essas chuvas de verão devem continuar até março por causa do calor. Foi uma das razões dos fortes temporais da última semana, quando a temperatura estava muito elevada. A tendência é que os próximos dois dias sejam um pouco mais secos, mesmo assim não descarta-se a ocorrência de chuva, mas menos intensa.

Willian Quintino é morador da Rua Emílio Padaratz, bairro Velha Central, e registou um verdadeiro rio na via. “Sempre que chove forte o ribeirão da Velha transborda e alaga a rua. Se fosse feito um assoreamento do ribeirão, essa limpeza ia ajudar muito para evitar esse tipo de situação”, reclama.

 

Rua Emílio Padaratz, no bairro Velha Central | Foto: William Quintino

 

Paty W. Ziegler trabalha no seu escritório na Rua Júlio Michel, bairro Fortaleza. Ela registrou o momento em que a água verte do tampão que cobre o sistema de esgoto.

 

Rua Júlio Michel, bairro Fortaleza | Foto: Paty W. Ziegler

 

 

 

Seguem vídeos de algumas ocorrências com alagamentos: