Texto: Claus Jensen | Fotos: Luciano Bernz
Por volta das 21h deste sábado (15/10/16), aconteceu a sangria simbólica de um barril de chope da maior Oktberfest realizada na Argentina. Ela acontece no município de Villa General Belgrano, que fica na província de Córdoba, e foi colonizada alemães, suíços, italianos e austríacos. Em 1972 a Oktoberfest da cidade foi declarada festa nacional.
Uma delegação da cidade argentina, onde a Oktoberfest já acontece há 53 anos, veio visitar Blumenau, incluindo o prefeito Gustavo Medin e o Secretário de Turismo e Desenvolvimento Sustentável, Pablo Sgubini. Conversamos rapidamente com o Sr. Pablo Miranda que trabalha na assessoria de imprensa de Villa General Belgrano.
Miranda comentou que já estiveram na cidade há dois anos atrás, quando tentaram vincular pacotes turísticos entre as duas cidades. Ele também disse que a banda Chopp Motorrad já tocou em duas oportunidades na Oktoberfest de Vila General Belgrano.
A comitiva chegou nesta sexta-feira (14) em Blumenau, quando visitaram o Parque Vila Germânica, avaliando a estrutura do local e conhecendo mais sobre o modo blumenauense de realizar a festa. Luisa Borda, diretora de Planejamento e Promoção do Parque Vila Germânica, esteve presente na Oktoberfest da Argentina entre os dias 4 e 5 de outubro e conta que a experiência foi muito positiva.
“A festa deles é um pouco diferente, pois ocorre em um bosque. É um local totalmente ao ar livre, então, caso chova, não há festa. Fiquei encantada com o cuidado deles com cada detalhe, tudo para não perder as características alemãs. O povo é muito alegre e organizado, e há um grande envolvimento de toda a cidade para manter a cultura alemã”, finaliza.
O Secretário de Turismo e Presidente do Parque Vila Germânica, Ricardo Stodieck, disse que essa interação é muito importante. “Nós interagimos com a Oktoberfest de Itapiranga em Santa Catarina; na do Canadá na América do Norte e em Munique(Alemanha) na Europa. Por é natural que na América do Sul exista essa interação com a de Villa General Belgrano. Para nós é um prazer receber essa comitiva da Argentina. As origens e a colonização dessas cidades são muito parecidas. Alemães no século 19 colonizaram várias regiões no mundo que deram muito certo. Blumenau é um exemplo disso”, comenta o secretário.
Questionado sobre uma avaliação da festa até agora, Stodieck se manifestou satisfeito e sente o mesmo por parte do público. “Saber se os visitantes acham que vale a pena vir à festa é muito importante para nós. No ano passado tivemos feriadão prolongado na festa, diferente de 2016 que não teve. Mesmo assim já vamos passar o número de visitantes de 2015”. Sobre sua expectativa de que novamente esgotem os ingressos, Ricardo disse isso não aconteceu nos últimos anos. Mas o secretário lembra que para evitar problemas o melhor é garantir e comprar o ingresso o mais breve possível.
Vale o registro do banho de nosso fotógrafo Luciano Bernz no momento da sangria. Normalmente quando o barril na Oktoberfest de Blumenau é aberto, o chope vem em forma de esguicho. Mas ontem a noite, um martelo fixou uma torneira na frente do barril, espalhando chope para tudo que é lado. Coisas do ofício. Por isso aproveitamos a imagem do fotógrafo Marcelo Martins que registrou a cena por trás do barril.
Oktoberfest Hermana
No país vizinho, a festa mobilizou 1.700 artistas, teve a participação de 11 cervejarias artesanais com 60 tipos diferentes de chope e 30 stands de comidas artesanais e típicas alemãs nos 11 dias de festa. A cidade também contou com os tradicionais desfiles, realizados na rua principal do município, com a participação de diversos grupos integrantes.