O horário de verão começa à meia-noite deste sábado (15/10/16), quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida, que vai até o dia 19 de fevereiro de 2017, atinge 11 unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
A mudança é para aproveitar melhor a luminosidade do dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
A mudança no horário acontece sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando coincide com o feriado de carnaval. No Brasil, o horário de verão tem sido aplicado desde 1931, com alguns intervalos.
O horário de verão só é aplicado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porque nesses estados o consumo é maior e é onde os melhores resultados são alcançados. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a aplicação no Norte e no Nordeste teria poucos benefícios em termos de economia de energia, por causa da proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias nessas regiões não tenha mudanças significativas ao longo do ano.
A medida também é adotada em diversos países, como forma de usar energia de forma mais eficiente, especialmente nos países com geração termelétrica, ou de racionalizar o uso da infraestrutura energética. Nos Estados Unidos, por exemplo, é adotado “Daylight Saving Time”, geralmente entre março e novembro.
Economia
Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos dez anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do horário de verão, aproximadamente ao consumo mensal de energia da cidade de Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.
Para este ano, a expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico é que a medida possibilite uma economia de R$ 147,5 milhões, que representa o custo evitado em despacho de usinas térmicas por questões de segurança elétrica e atendimento à ponta de carga no período de vigência do horário de verão.
Horário de embarque
Quem tem viagem marcada para este fim de semana deve ficar atento aos horários de embarque. Os horários dos bilhetes de passagem são impressos em hora local, e, para evitar transtornos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta aos passageiros que entrem em contato com as empresas aéreas em caso de dúvidas.
Hábitos de consumo
Além da redução do consumo de energia com o melhor aproveitamento da luz do dia, os brasileiros podem aproveitar para diminuir o gasto tomando alguns cuidados no dia a dia. Algumas dicas são conhecidas como apagar a luz ao sair de um ambiente; usar lâmpadas fluorescentes compactas ou de LED; preferir a luz natural durante o dia e desligar o chuveiro enquanto se ensaboa.
Uma cartilha da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) traz outras orientações sobre o uso racional da energia. Por exemplo, a pintura de paredes internas e teto com cores claras, que refletem melhor a luz natural. A geladeira deve ser aberta o mínimo possível de vezes, retirando todos os itens de uma só vez.
Para lavar roupas, deve-se acumular o máximo de peças possível para lavar de uma só vez na máquina e usar pouco sabão, para não ter que enxaguar a roupa várias vezes. O mesmo vale para o ferro de passar, que deve ser ligado para passar mais roupas da mesma vez, pois o aparelho consome muita energia sempre que é acionado.
Adaptação ao horário de verão leva até sete dias
O período de adaptação ao horário de verão pode demorar de cinco a sete dias, porque altera a ordem temporal interna do nosso corpo, que regula os ritmos de sono e temperatura. Com isso, as pessoas acabam tendo que gerar uma nova sincronização porque esses ritmos têm fases diferentes.
As consequências da mudança de horário no organismo podem ir desde mal estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna e até alterações de apetite. É preciso tomar alguns cuidados nos dias seguintes à mudança de horário, como evitar dirigir distâncias longas.
Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário. No caso das crianças que vão para a escola de manhã, vão ter que levantar uma hora mais cedo, e podem ter uma sonolência maior nesse período do dia. A partir do momento que se tornar um hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que o organismo vai se acostumar.