Você faz exames e está “normal”, mas vive cansada?

Esse tipo de situação é muito mais comum do que parece — e pode estar diretamente ligado a deficiências de vitaminas e minerais importantes. Confira a coluna da nutricionista Bianca Jensen.

Imagem: Dima Berlin Photos (via Canvas)

Você já sentiu que está sempre cansada, com queda de cabelo, sem disposição, dorme mal… mas quando faz exames, vem aquela frase clássica: “Tá tudo normal.”

Mas a verdade é que geralmente, não está!

Esse tipo de situação é muito mais comum do que parece — e pode estar diretamente ligado a deficiências de vitaminas e minerais importantes que não aparecem como “doença” nos exames, mas comprometem sua qualidade de vida todos os dias.

1. Por que as vitaminas são tão importantes?

Vitaminas não são apenas “coisas que a gente precisa em pequenas quantidades”.
Elas são como peças de um quebra-cabeça: quando falta uma, o nosso corpo inteiro inteiro sofre.

Elas participam de processos como:

  • Produção de energia (dentro das nossas células)
  • Saúde do cérebro e do humor (falta de vitaminas estão associadas a maior tendência de depressão, por exemplo)
  • Qualidade da pele, unhas e cabelo – que não se resolve apenas com gominhas ou suplementos de farmácia
  • Sono ruim, imunidade sempre te deixando na mão e um metabolismo pedindo socorro.

2. Os sintomas que ninguém associa à falta de vitaminas

Alguns sinais clássicos que você pode estar com níveis abaixo do ideal:

  • Cansaço extremo e constante, mesmo dormindo a noite inteira;
  • Esse cansaço pode vir acompanhado de “moleza”, aquela “pressão baixa” quando a visão fica preta ou embaçada
  • Falta de concentração e lapsos de memória que te atrapalham em conversas simples e no dia a dia do trabalho
  • Queda de cabelo (todos os dias, aquele monte no banheiro quando você lava ou seca o cabelo)
  • Irritabilidade, tristeza sem motivo claro
  • Dores nas pernas ou formigamentos nas mãos e braços
  • Fome excessiva ou perda de apetite
  • Insônia
  • Infecções recorrentes

3. O que os exames de sangue não te contam

É aqui que muita gente se engana: os exames mostram os valores de referência, ou seja, o mínimo necessário para a maioria da população.

  • Mas estar “dentro da referência” não significa estar saudável.
  • Significa só que você não está em risco clínico imediato.

E é por isso que tantas pessoas têm vitamina B12, D, ferritina, magnésio ou ácido fólico tecnicamente normais, mas vivem em um estado de fadiga e desconforto.

4. Então o que fazer?

📌 O primeiro passo é olhar os seus exames com outro olhar: o olhar de quem busca o ótimo — não o mínimo.

  • Um profissional qualificado vai avaliar se os seus níveis estão realmente adequados para a sua idade, sexo, rotina e objetivos — e não apenas se estão dentro de uma “tabela”.

📌 O segundo passo é entender o que seu corpo está sinalizando (todos estes sintomas que mencionei acima) e, se necessário, suplementar de forma individualizada, segura e com acompanhamento – nada de “multivitamínico” que tem baixíssima dose de cada nutriente.

  • Se você sente que tem algo errado, mas os exames dizem que tá tudo certo… acredite no que seu corpo está mostrando.

Saúde de verdade é quando você vive bem — e não apenas “passa no laudo”.

– Fazer exames – pelo menos anualmente – é fundamental. E interpretar com profundidade é o que realmente vai te fazer se sentir melhor. Se você se identificou com os sintomas, procure ajuda antes que possa causar problemas mais graves.

 

* Bianca Jensen é nutricionista (CRN-10/9605P) formada pela FURB, focada em emagrecimento e comportamento humano. Busca auxiliar seus pacientes de forma que olhem para a sua alimentação com consciência para que haja uma efetiva mudança de hábitos. Você pode conhecer o trabalho pelo Instagram e entrar em contato através do WhatsApp.