Uma família bem simpática pastando na Praça Hercílio Luz, no Centro de Blumenau

 

Por Claus Jensen, com fotos de Luiz Carlos Zimmermann

As capivaras ainda não são o símbolo oficial de Blumenau, mas tem o carinho da maioria da população. Animal nativo da região, vive em grupos e é facilmente encontrado nas margens dos rios. No Centro da cidade, às vezes os turistas e blumenauenses podem flagrar uma cena como a registrada no meio-dia desta terça-feira (17/04/18), por Luiz Carlos Zimmermann, na Praça Hercílio Luz, ou o Biergarten.

 

 

Um grupo de seis delas passaram na frente do restaurante Thapyoca e começaram a pastar nos gramados da praça. Segundo Elisabete Rachenbernz, que trabalha há 30 anos no laboratório de Taxidermia da Furb, como essas capivaras estão em uma área onde há presença de seres humanos, são menos ariscas. Entre elas, dava para perceber filhotes.

Apesar das membranas entre os dedos das patas serem essenciais quando nadam no rio, as capivaras não são animais aquáticos. Segundo Elisabete, até o ano 2.000, a universidade mantinha um projeto que acompanhava a população do maior roedor do mundo em Blumenau. Mas desde lá, não é mais feito esse tipo de levantamento.

 

 

Na época até foram registrados alguns casos de mordidas, mas normalmente ela não é agressiva. Como todo animal silvestre, se sentir ameaça, a situação envolver alimento ou filhotes, aumenta a chance dela reagir como medida de proteção.

Nos períodos em que ocorreram as inúmeras enchentes, a vegetação ao longo do rio Itajaí Açu ficava reduzida, quando os animais ficavam muito mais expostos. A carne da capivara também é bastante apreciada, e durante um período houve muita caça, principalmente fora da região central de Blumenau.

Com exceção do ser humano, a capivara não tem mais predadores naturais como o jacaré de papo amarelo, puma (na região central) ou onça. Um passeio no Centro de Blumenau, tem esse toque mágico e único, de encontrar uma família tão simpática em um dos marcos históricos do município. É a Blumenau que eu amo.