Três suspeitos da morte de Amanda Abach Silva são presos preventivamente

O crime aconteceu em novembro de 2021 numa praia de Imbituba (SC). Dois foram encontrados nesta sexta-feira (21/01) em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O Ministério Público manifestou-se favoravelmente à conversão de prisão temporária para  preventiva do principal suspeito. Também foram decretadas as prisões preventivas da companheira e do irmão dele, que haviam sido soltos durante o curso da investigação.

A Polícia Civil obteve novas informações que apontam para a possível participação dos três no assassinato de Amanda Abach da Silva, de 21 anos. A jovem teria vindo do Paraná para passar o feriado da Proclamação da República na casa dos acusados.

A última imagem dela viva foi publicada no dia 13 de novembro em sua conta no Instagram na Praia do Canto, em Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina. No dia seguinte ela participou de uma festa em Florianópolis de onde se deslocou para a praia de Itapirubá, próximo da divisa com Laguna.

Foto: Polícia Civil

As investigações da Polícia Civil apontaram que a vítima foi levada ao local, teria cavado a própria cova e executada com dois tiros. Os novos elementos indicariam a participação dos outros dois no sequestro, tortura, execução e na ocultação do cadáver da vítima.

Para chegar a essa conclusão foram analisados os registros dos celulares e observadas  divergências nos interrogatórios dos suspeitos. Esses foram apenas alguns indícios que ajudaram os investigadores a ter certeza de que os três agiram em conjunto.

O irmão e a namorada do principal suspeito foram presos nesta sexta-feira (21/01/22) em Canoas (RS). A Promotora de Justiça Gabriela Arenhart, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Imbituba, argumentou que deixá-los livres representaria risco às investigações, à ordem pública e à segurança das testemunhas.

Ela lembrou que os três já teriam tentado obstruir as investigações ao fugirem para o Rio Grande do Sul após o crimes, além de supostamente tentarem destruir os seus aparelhos celulares.

O Ministério Público também apontou o depoimento de uma testemunha que afirmou temer falar com medo dos acusados. Ela teria descrito como os crimes teriam sido praticados de forma cruel e sem dar qualquer chance de defesa à vítima, o que comprova a periculosidade dos investigados e a necessidade de mantê-los presos.

O próximo passo será o ajuizamento da ação penal pública, quando o Ministério Público deverá oferecer a denúncia contra os acusados à Justiça. Nesta etapa, a Promotora de Justiça irá tipificar os crimes pelos quais os investigados deverão ser processados e estabelecer eventuais circunstâncias qualificadoras.