Três cidades ficarão sem atendimento do SAMU por causa de uma ambulância

 

Por Claus Jensen

Se o governador do Estado ou o secretário de saúde de SC morassem em Ascurra, Apiúna ou Rodeio; e precisassem de um atendimento de urgência do SAMU, talvez teriam que rezar muito para sobreviver. Isso porque a ambulância Bravo 12 que atende essas cidades do Vale do Itajaí foi para uma oficina mecânica e o “diagnóstico” apontou mais de 20 falhas mecânicas.

Apesar do problema de manutenção desse veículo já ser antigo, na quarta-feira (7/03/18), durante o atendimento a uma ocorrência, o motor perdeu “força” e foi necessário o apoio dos bombeiros da União.

Por isso a imagem do veículo está com uma vela, para ver se reza brava adianta alguma coisa. O município aguarda a chegada de uma nova viatura do governo estadual, que depende do Federal, um processo que já se arrasta desde 2015. Você deve estar se perguntando: porque não conserta? O custo é inviável.

As más condições das viaturas são causadas pelas próprias características das vias destas cidades. A equipe do SAMU enfrenta ruas de barro, que em períodos de chuva são ainda piores. E quando alguém vai atender uma vítima de ataque cardíaco, ou outro problema grave de saúde, tempo é uma questão de vida e morte. Não dá para ir devargarzinho desviando com todo cuidado dos buracos. É sempre uma guerra contra o tempo.

Essa viatura do SAMU já “morreu”, está parada, não tem jeito para continuar operando. A equipe pode eventualmente contar com a ambulância dos bombeiros da União, que também atendem as três cidades, e estão sobrecarregados com os acidentes que você de vez em quando lê aqui em OBlumenauense.

Por enquanto, o jeito é rezar para que nenhum mal maior aconteça aos moradores/eleitores desses TRÊS municípios do Vale do Itajaí. Nessa imagem, já dá para ver a ambulância com vela na frente, esperando o “milagre da sensibilização do governo de SC”. Que os olhos de quem decide isso na capital, lembre de cidades pequenas do interior que dependem PELO MENOS de uma viatura.