Taxa de cura é alta para câncer linfático tratado na fase inicial da doença

 

 

 

 

Sem uma causa específica, é preciso reconhecer sintomas para permitir o diagnóstico precoce deste tipo de câncer Informação é essencial para permitir o diagnóstico precoce do linfoma. Como a ciência nunca conseguiu determinar a causa deste tipo de câncer, torna-se muito dificil prevenir. Porém, se o tratamento começar na fase inicial da doença, a taxa de cura é alta, em torno de 90%, dependendo do subtipo do linfoma. Por isso, em 15 de setembro, no Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, hematologistas se unem para esclarecer dúvidas e compartilhar conhecimento.

O linfoma é um tipo de câncer do sistema linfático, responsável pela defesa do nosso organismo. Existem mais de 60 tipos. As ínguas que perduram por mais de três semanas são o principal sinal de alerta. Além delas, é importante ficar atento em caso de febre Sem explicação, suor noturno, tosse, falta de ar, dor na região do tórax e perda repentina de peso sem causa aparente.

O sistema linfático trabalha em parceria com o sistema imunológico pra nos proteger. O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as amígdalas, adenoides e o timo são órgãos do sistema linfático. Todos os invasores do nosso corpo, como bactérias, vírus, fungos, circulam no sistema linfático e, quando passam pelos linfonodos, são detidos e detalhadamente examinados. A partir desta análise por células especializadas, o nosso sistema imunológico sabe exatamente contra o que está lutando e recruta um grupo especial de células (os linfócitos) pra atacar especificamente este inimigo. O linfoma acontece quando certas células do sistema linfático, e que deveriam ter a função de nos proteger contra infecções por bactérias ou vírus, se transformam em malignas, crescendo de forma descontrolada e formando ínguas.

A confirmação deste tipo de câncer exige biópsia do gânglio, já que os linfonodos (ínguas) são característica comum também em infecções e tuberculose, por exemplo. Exames de imagens (tomografia, ressonância, PET-CT) costumam ser solicitados para determinar a extensão da doença e quais órgãos e partes do corpo foram atingidos. Após o diagnóstico completo e determinada a extensão do linfoma, começamos a terapia em centro de infusão ambulatorial ou internado (dependendo de cada caso). Usamos injeções de quimioterapia, quimioterapia oral, radioterapia e transplante de medula óssea (de acordo com cada caso e tipo de doença). É importante lembrar que cada paciente tem uma característica pessoal e de doença e portanto os tratamentos são diferentes entre eles. As taxas de sucesso ao tratamento são boas e o tratamento é bem tolerado pela maioria dos pacientes.