“Sentimento de dever cumprido” diz Hans Heinrich Bethe

 

Por Claus Jensen

Depois de 2 mandatos seguidos, já foram seis anos a frente do SIMMMEB Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode. Na noite de segunda-feira (20/02/17), Hans Heinrich Bethe, deixou a presidência da entidade com a sensação de dever cumprido.

Apesar de ter passado o comando, continua como 1º vice-presidente na gestão 2017/2019. Conversamos com ele sobre as principais conquistas do sindicato nestes últimos seis anos e sua perspectiva para a economia.

OBlumenauense: O que mais trouxe aquele sentimento de realização neste período em que esteve frente ao SIMMMEB?

Hans H. Bethe: Uma das missões mais gratificantes foi unir o empresariado em torno do sindicato, trazendo-o mais próximo. Trabalhamos com as grandes, médias e pequenas empresas; sem distinguir o tamanho. A maioria de nossas atividades são voltadas para o pequeno e médio, que sentem as dificuldades, e necessitam de assessorias e outras capacitações.Quando enxergamos isso, o caminho para os 6 anos estava pavimentado.

OBlumenauense: No discurso de despedida, foi citado o sacrifício da vida pessoal nas atividades que envolvem a presidência de uma entidade. Agora, há uma sensação de alívio ou saudade?

Hans H. Bethe: Nenhum dos dois, existe o sentimento de dever cumprido. Acredito que a partir do momento em que você assume o compromisso de dirigir uma entidade, temos a missão de fazer bem feito ou superar as expectativas do associado.

OBlumenauense: O Brasil espera sair de uma crise esse ano. Qual a sua expectativa como empresário e dirigente sindical que conviveu a transição entre o final da fase boa e esse período ruim da economia?

Hans H. Bethe: Os últimos anos tem sido complicados, mas podemos sair aos poucos da crise durante 2017 e no ano que vem. Mas as reservas que foram consumidas nestes últimos 3 ou 4 anos, será um número muito difícil de recuperar. Podem demorar décadas até que as empresas reponham essas reservas novamente. Com isso você vai ter uma diminuição na renovação do maquinário e modernização de gestão. Vai demorar um pouco para que os investimentos possam voltar.

É importante nesse momento que o governo entenda, de que falta capital de giro para as empresas. Enquanto a produção cai, você vai gastando o estoque (de capital) que tem. Quando ela volta você não tem estoque nem dinheiro para comprar. Vai faltar capital de giro em condições acessíveis em médio e longo prazo, a principal necessidade que os empresários vão sentir no futuro.

OBlumenauense: Qual seria a mensagem que o Sr. daria para o novo presidente do SIMMMEB que assumiu na segunda-feira (20)?

Hans H. Bethe: Persistência e enxergar todos como um conjunto e de forma igual.