Segundo a DIVE, Santa Catarina já tem 15 casos de sarampo confirmados e mais 5 em observação

 

 

 

A capital catarinense é a mais atingida por um surto de sarampo que preocupa as autoridades de saúde. Somente em Florianópolis, foram confirmados 10 casos da doença em 2019, enquanto as outras cidades são Guaramirim (1) e Barra Velha (1). Os dados são do relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) divulgado nesta segunda-feira (19/08/19) .

Dos casos confirmados, sete pessoas têm entre 20 e 29 anos. Outros três pacientes têm entre 10 e 14 anos. Há um caso confirmado para cada uma das seguintes faixas etárias: entre 1 e 4 anos, 5 e 9 anos, 15 e 19 anos, 30 e 39 anos, bem como 40 a 49 anos.

Desde o início deste ano, foram notificados 89 casos suspeitos, dos quais 66 foram descartados.  Mas o alerta ligou com os 15 confirmados e outros 5 que estão em investigação.

Segundo a prefeitura de Florianópolis, oito casos de sarampo foram confirmados em menos de um mês. No final de julho, foram divulgados os primeiros dois casos, todos os pacientes estão em acompanhamento.

Apesar de quatro deles terem contraído a doença na cidade, a Dive-SC considera todos importados, inclusive os de outras cidades. Isso porque os contágios aconteceram em função de pessoas que vieram de fora de Santa Catarina.

Considerando a alta transmissibilidade do sarampo, o atual comportamento da doença no cenário brasileiro e surtos ativos em três municípios catarinenses, a DIVE, em parceria com as secretarias municipais de saúde, vai reforçar as medidas de vigilância e controle. O objetivo é detectar precocemente os casos e evitar a dispersão viral.

As medidas se resumem em:

  • Notificação imediata de casos suspeitos (pacientes com febre, exantema, coriza e/ou tosse e/ou conjuntivite);
  • Atenção especial aos casos suspeitos de viajantes e/ou pessoas que tiveram contato com viajantes nacionais e internacionais nos últimos 30 dias;
  • Orientação para o isolamento hospitalar ou domiciliar do caso suspeito até o final do período de transmissibilidade (6 dias antes do aparecimento da doenças e até 4 dias depois);
  • Vacinação das pessoas próximas em até 72 horas e monitoramento destes por até 30 dias;
  • Investigação dos casos quanto a possíveis fontes de infecção;
  • Busca retrospectiva de casos em prontuários de hospitais e laboratórios públicos e privados;
  • Atualização da caderneta de vacinação de crianças e adultos em todas as oportunidades;
  • Coleta de amostras clínicas para sorologia e identificação viral e encaminhamento obrigatório ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC).

A DIVE lemba que a aplicação das vacinas: tríplice viral e tetra viral é a maneira mais eficaz de prevenir o sarampo, além de proteger também contra a rubéola, caxumba e varicela (catapora). A vacina é administrada aos 12 meses de idade (tríplice viral) com reforço aos 15 meses (tetra viral).

Caso a pessoa não tenha se vacinado nesta faixa etária ou não tenha completado o esquema vacinal com duas doses deve, até os 29 anos, receber duas doses da vacina tríplice viral. Dos 30 aos 49 anos, se não vacinado, uma dose.