Parece que o setor de serviços em Santa Catarina voltou a respirar com mais fôlego. Em agosto, o crescimento foi de 1,4% em relação a julho — um número que pode parecer discreto, mas que ganha peso quando comparado à média nacional, de apenas 0,1%.
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Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (14/10/25), e mostram que o estado teve o melhor resultado para um mês de agosto desde 2021, quando a retomada pós-pandemia impulsionou uma alta de 1,9%. No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o avanço chega a 4,2%, garantindo a Santa Catarina o sétimo melhor desempenho do país. No Brasil, o crescimento médio no mesmo período foi de 2,6%.
Para o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, os números mostram que a economia catarinense mantém o ritmo, mesmo enfrentando juros altos e inflação acima da meta. “Esse resultado, apontado pelo IBGE, nos deixou esperançosos. Queremos que os juros comecem a baixar logo para que possamos avançar mais rapidamente”, afirmou.
Nem tudo, porém, foi céu azul. O turismo, um dos motores mais visíveis do setor, sentiu uma leve desaceleração: queda de 0,9% em agosto na comparação com o mês anterior. Ainda assim, o saldo do ano permanece positivo, com alta acumulada de 4,1% entre janeiro e agosto, conforme a Fecomércio.
Os números, por si só, contam uma história: a de um estado que aprendeu a se equilibrar entre desafios nacionais e a força da própria economia. Santa Catarina continua avançando — talvez não com passos largos, mas com a constância de quem sabe que, mesmo em tempos de juros altos, é possível crescer quando há resiliência e trabalho firme.
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