A economia solidária vem ganhando cada vez mais espaço como um jeito diferente de trabalhar e viver — baseado na cooperação, na partilha e no esforço coletivo. Em vez de patrão e empregado, a ideia é unir pessoas em torno de um mesmo objetivo: produzir, vender e crescer juntas, de forma sustentável e justa.
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Pensando nisso, Santa Catarina começou um dos levantamentos mais amplos já feitos sobre o tema. A Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS), em parceria com a Fundação Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI), iniciou a coleta de dados para um diagnóstico inédito sobre a economia solidária no estado. O objetivo é entender quantos grupos existem, o que produzem, quantas pessoas estão envolvidas e quanto movimentam financeiramente.

Essas informações vão servir como base para políticas públicas mais certeiras — aquelas que realmente entendem a realidade de quem vive a economia solidária. A pesquisa começou com questionários e o cadastramento dos empreendimentos, feito por 23 agentes que já atuam no setor, espalhados por cidades como Blumenau, Chapecó, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Lages e Rio do Sul. Essa distribuição garante um retrato diverso e completo da atividade no estado.
A metodologia do mapeamento foi construída ao longo de 2024, em um trabalho conjunto entre a UNIDAVI, a SICOS, o Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (CEAES) e o Fórum Catarinense de Economia Solidária (FCES). O objetivo foi alinhar cada etapa para que o diagnóstico reflita de fato a realidade das diferentes regiões catarinenses.
O projeto também ganhou reforço tecnológico: o sistema Cadsol/SC, já usado para registrar empreendimentos solidários, foi atualizado para facilitar o processo e permitir que os grupos emitam certificados oficiais de reconhecimento estadual.
Com os dados em mãos, será possível criar estratégias de fomento, direcionar recursos e fortalecer a produção e comercialização dos empreendimentos solidários. A previsão é que os resultados sejam divulgados em março de 2026, junto com um seminário estadual para apresentar as conclusões a gestores públicos, empreendedores e à sociedade.
Mais do que um estudo, esse mapeamento representa um passo importante para fortalecer um modelo de economia que gera renda, movimenta comunidades e reduz desigualdades. Com ele, Santa Catarina se coloca entre os estados que enxergam na economia solidária não só uma alternativa de trabalho, mas um caminho possível para um desenvolvimento mais justo, sustentável e coletivo.

| Foto (arquivo): Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (Sicos)
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