SAMU de Santa Catarina alerta para sinais do AVC e reforça importância do socorro imediato

Em 2025, mais de 2,4 mil catarinenses foram atendidos com suspeita de Acidente Vascular Cerebral. Especialistas explicam como identificar os sintomas e o que fazer até a chegada do socorro.

Foto: SAMAE/SC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, continua sendo uma das principais emergências médicas no Brasil e no mundo. Somente neste ano, entre janeiro e setembro, o SAMU de Santa Catarina já realizou 2.404 atendimentos a pacientes com suspeita da doença — número que representa um em cada quatro casos de causas neurológicas atendidos pelas Unidades de Suporte Avançado (USAs) do serviço.

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) aproveita o Dia Mundial do AVC, lembrado nesta quarta-feira (29/10/25), para reforçar um alerta: reconhecer os sinais e acionar rapidamente o socorro pode ser a diferença entre a vida e a morte — ou entre a recuperação e sequelas permanentes.

“O AVC é uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. Quando não leva ao óbito, pode deixar sequelas irreversíveis. É fundamental perceber os primeiros sinais e ligar imediatamente para o 192. Essa rapidez é o que salva vidas”, explica Marcos Fonseca, superintendente de Urgência e Emergência da SES.

Entre os indícios mais comuns estão o sorriso torto, dificuldade para manter os dois braços erguidos e a fala arrastada ou confusa. “Esses são sinais clássicos de que algo não vai bem no cérebro”, acrescenta Fonseca.

O que é o AVC

A médica Andréia Diane Freitas, do SAMU, explica que o AVC acontece quando há uma obstrução das artérias que irrigam o cérebro, o que provoca a morte de parte do tecido cerebral. “Dependendo da área atingida, o paciente pode perder movimentos, memória, fala e até funções vitais, como a respiração”, diz.

De acordo com a SES, o AVC causou 1.240 mortes em Santa Catarina em 2024 — 645 homens e 595 mulheres —, com maior incidência em pessoas acima dos 60 anos. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 105.173 óbitos em 2023.

Como identificar e agir

Para facilitar o reconhecimento dos sintomas, os profissionais do SAMU usam a sigla SAMU:

  • S – Sorria: observe se o rosto está torto.
  • A – Abrace: veja se a pessoa consegue levantar os dois braços.
  • M – Música: peça para repetir uma frase ou cantar; perceba se há dificuldade.
  • U – Urgência: se houver suspeita, ligue imediatamente para o 192.

“Enquanto o socorro não chega, mantenha a calma, não ofereça comida ou bebida e, se a pessoa tiver convulsão, proteja a cabeça e deite-a de lado”, orienta a médica.

Cada minuto conta

O atendimento do SAMU começa no momento da ligação. Enquanto um técnico coleta as informações básicas, o médico regulador orienta quem está no local e decide o envio da ambulância — terrestre ou aérea, dependendo da gravidade.

“Existem medicamentos que dissolvem o coágulo que causa o AVC, mas precisam ser aplicados até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Em casos específicos, o trombo pode ser removido por procedimento endovascular até 24 horas depois. Por isso, tempo é cérebro”, reforça Andréia.

Fatores de risco e prevenção

Hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo de álcool e drogas, colesterol alto, obesidade, sedentarismo e idade avançada estão entre os principais fatores de risco. “Adotar hábitos saudáveis, controlar doenças crônicas e cuidar da saúde mental são as melhores formas de prevenção”, conclui a médica.

📞 Em caso de suspeita de AVC, ligue imediatamente para o 192. O atendimento rápido do SAMU pode reduzir sequelas e salvar vidas.


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