Saiba como funcionarão os serviços de saúde e educação infantil nos 33 dias de férias coletivas

Foto: Eraldo Schnaider

Texto e fotos: Claus Jensen

Entre os dias 19 de dezembro a 20 de janeiro, a prefeitura estará fechada para férias coletivas, mas os serviços essenciais serão mantidos em regime de plantão. Isso deve gerar uma economia direta de R$ 4,8 milhões com vale transporte e alimentação, energia elétrica, combustíveis, etc… São 33 dias, essenciais para essa economia ajudar o município a manter os pagamentos em dia. Mas e a população, como fica?

Confira como funcionarão os serviços de atendimento às crianças no Programa de Atendimento Recreativo e as unidades de saúde do município.

 

Patrícia Lueders, Secretária Municipal de Educação
Patrícia Lueders, Secretária Municipal de Educação

Educação

A secretária de educação, Patrícia Lueders, disse que o encerramento do ano letivo acontecerá no dia 16 de dezembro. Quanto às matrículas, ainda não há uma data definida para fazê-las, mas será informado na semana que vem. Na educação, os Centros de Educação Infantil (CEIs) vão repetir o Programa de Atendimento Recreativo (PAR) a partir de 23 de janeiro, ou seja, depois das férias coletivas dos servidores.

O período não integra o calendário letivo, porque retorna no dia 6 de fevereiro, com atividades como recreação, literatura e teatro para filhos de pais que precisam trabalhar durante as férias coletivas dos servidores. Lueders disse que algumas empresas procuraram a secretaria de educação, para coincidir esse período de retorno do funcionamento, com as férias de seus colaboradores.

Quanto às novas sete creches aprovadas pelo governo federal, elas estão em fase final de construção e serão entregues em 2017. Patrícia explicou que em Blumenau existe uma demanda para mais 5 mil crianças nas creches públicas, isso porque nascem em média na cidade 430 crianças por mês. “Mesmo se construíssemos 4 creches por mês, não conseguiríamos atender essa demanda. Porque dessas 430 crianças que nascem, 75% utilizam o serviço público. Mesmo com as 2.500 vagas novas para 2017, sempre teremos um deficit” completou.

Segundo a secretária, em relação à média dos outros anos, houve um acréscimo de 700 estudantes, tanto do ensino básico como fundamental, que migraram da rede privada para a pública, devido a crise econômica.  O atendimento não deve mudar, atendendo à legislação, com professores e escolas municipais sem grandes alterações.

 

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Secretária Municipal da Saúde, Maria Regina de Souza Soar

Saúde

Durante as férias coletivas o atendimento será centralizado nos ambulatórios gerais (AGs) que funcionarão normalmente só até o dia 23 de dezembro e depois de forma alternada. Enquanto as outras unidades de saúde ficarão fechadas, os ambulatórios do Garcia, Velha (até as 24h), Centro e Badenfurt (até as 21h) estarão abertos entre 26 a 30 de dezembro.

Depois, entre 2 e 6 de janeiro, os ambulatórios da Itoupava Central, Fortaleza (até as 24h) e Escola Agrícola (até 21h) atenderão o público. A partir do dia 9 de janeiro, todos os sete ambulatórios voltam ao normal. O Caps 3 fará atendimentos de saúde mental durante as férias coletivas e serviços como vigilância sanitária e epidemiológica estarão de sobreaviso.

O serviço de transporte de pacientes do SUS, também irá funcionar em horário de plantão. Isso permitirá que pacientes que tem alta ou que precisam ser levados para fazer exames fora dos hospitais públicos, sejam atendidos normalmente.

As áreas da vigilância epidemiológica que cuidam do monitoramento dos focos de endemias e outros focos típicos dessa época, continuam de sobreaviso como já é realizado durante todo o ano. A secretária da saúde, Maria Regina de Souza Soar, disse que as equipes responsáveis para identificar os focos do mosquito aedes aegypti, que transmite a dengue, zika e a febre chikungunya não irão parar, inclusive para cuidar das armadilhas que são colocadas no município. Ela lembra que o cidadão tem que ficar atento para coisas pequenas, como a tampinha de refrigerante no chão que tenha acumulado água.

Um dos problemas que a secretaria tem enfrentado é a falta de repasse de dinheiro do governo estadual para a compra de medicamentos desde abril desse ano. “É uma situação que nos complica, porque cabe ao governo dar sua contrapartida aos municípios na compra dos medicamentos, onde o Estado está com o repasse atrasado em 4 parcelas”, finaliza a secretária.