Remo movimenta Blumenau com a terceira etapa do Catarinense

As provas serão realizadas no dia 29 de junho, com chegada na Ponte de Ferro e premiação na Planetapeia.

Foto (arquivo): divulgação

Tem que ter braço, tem que ter fôlego — e, acima de tudo, tem que ter ritmo. No dia 29 de junho (domingo), a partir das 9h, a Raia do Rio Itajaí-Açu volta a ganhar vida com a terceira etapa do Campeonato Catarinense de Remo.

Oficialmente batizada de Regata Marinha do Brasil, a etapa valoriza a tradição náutica de Santa Catarina e reúne 14 provas, com remadores de diferentes idades e categorias dando tudo de si nos 500 metros de esforço cronometrado — com exceção da prova de Canoa Sub-14 Masculina, que será de 250 metros.

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Os atletas competem em categorias como Sub-14, Sub-17, Sub-23, Máster e Sênior, remando em diferentes tipos de embarcações — desde os delicados single skiffs, que exigem equilíbrio absoluto, até os barcos de oito remadores com timoneiro, onde sincronia é tudo.

A largada acontece nas respectivas distâncias em direção à Ponte de Ferro. A cerimônia de premiação está prevista para ocorrer entre o meio-dia e 13h no Planetapeia (ao lado da ponte e às margens do rio), com direito a praça de alimentação e atividades para a criançada.

O público pode acompanhar tudo de camarote — seja da Beira Rio (Avenida Pres. Castelo Branco), ou da Ponte de Ferro, onde a vibração dos torcedores parece até empurrar os barcos. Cinco clubes marcam presença na competição, cada um carregando consigo uma rica história nas águas:

Clube Náutico América (Blumenau) – Fundado em 1920 por iniciativa do juiz Amadeu da Luz, o América é o anfitrião da etapa e referência no remo do Vale do Itajaí. Com conquistas estaduais, nacionais e sul-americanas, tem seu nome inspirado na chegada de Colombo às Américas e foi homenageado com o Dia Municipal do Remador, celebrado em 20 de outubro.

Clube Náutico Riachuelo (Florianópolis) – Fundado por militares da Marinha em 1915, leva o nome da batalha naval de Riachuelo. Foi o primeiro campeão estadual e teve o primeiro atleta catarinense em uma Olimpíada: Décio Couto, em Berlim (1936).

Clube Náutico Francisco Martinelli (Florianópolis) – Também de 1915, o clube homenageia um jovem oficial da Marinha falecido em serviço. É o maior campeão estadual da história do remo catarinense e participou dos Jogos Pan-Americanos de 1963.

Clube de Regatas Aldo Luz (Florianópolis) – Criado em 1918, seu nome homenageia o filho do ex-governador Hercílio Luz. Em 2007, teve a primeira brasileira campeã mundial de remo, Josiane Lima. Em 2018, seus remadores contornaram toda a Ilha de Santa Catarina em um barco a remo.

Associação de Remo de Presidente Getúlio – O caçula do grupo, fundado em 2006, surgiu da paixão de Adair Wiggers, ex-remador que levou o esporte à cidade. Já conquistou destaque em eventos estaduais e foi vice-campeã nos Jogos Abertos de SC em 2005.

Mais que um esporte de força, o remo é disciplina, tradição e superação. Em Santa Catarina, esse espírito se traduz no campeonato estadual mais antigo em atividade, com origem em 1919. Não por acaso, muitos clubes têm raízes ligadas à Marinha — como o Riachuelo, o Martinelli e o América. No domingo, é hora de torcer, se inspirar e deixar o coração bater no ritmo dos remos cortando o rio.


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