
Na sala de controle da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, os números chamaram atenção na última semana. Um pregão eletrônico, que começou com 18 empresas na disputa, terminou com economia de quase metade do valor previsto. O certame faz parte da primeira fase do Projeto de Reconhecimento Facial (ProRef) — iniciativa que promete levar tecnologia de ponta às forças policiais em todo o Estado.
O investimento, inicialmente estimado em R$ 9,9 milhões, caiu para pouco mais de R$ 5,1 milhões. A redução de 47,8% foi comemorada pelo secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, que destacou o trabalho interno das equipes de Administração, Finanças e Tecnologia da pasta.
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“Mesmo sendo o Estado mais seguro do País, com o reconhecimento facial Santa Catarina alcançará um novo patamar de excelência na prevenção e no combate à criminalidade”, afirmou o secretário. Graff lembrou que a tecnologia já foi testada em grandes eventos — e deu resultado. Durante a 40ª Oktoberfest Blumenau, o sistema ajudou na prisão de um homem com mandado de prisão em aberto logo no primeiro dia da festa.

Três empresas e uma economia milionária
O pregão foi dividido em três lotes. O primeiro, voltado ao fornecimento e instalação de câmeras de videomonitoramento com inteligência artificial e reconhecimento facial, saiu por R$ 1,9 milhão — um desconto de 56% sobre o valor de referência.
O pacote inclui ainda infraestrutura de rede, postes, caixas herméticas e suporte técnico completo.
O lote 2, referente à compra de um Data Center Modular, foi fechado em R$ 384,9 mil — valor próximo ao previsto. Já o lote 3, que trata da aquisição de servidores de rede, sistemas de armazenamento e dispositivos gerenciáveis, teve proposta vencedora de R$ 2,85 milhões, o que representa uma economia de 44%.
As empresas responsáveis pelos lotes 2 e 3 já foram habilitadas. O processo referente ao lote 1 segue em análise até 14 de novembro, com verificação técnica das amostras e parecer final antes da assinatura dos contratos.
De Blumenau para todo o Estado
O governador Jorginho Mello autorizou um investimento total de R$ 40 milhões para o ProRef. O plano inicial é atender 60 municípios com mais de 26,5 mil habitantes, onde vivem 76% dos catarinenses e onde se concentram 73% dos homicídios registrados em 2024.
A meta é instalar 1.000 câmeras com reconhecimento facial nessa primeira fase. Depois disso, o governo pretende criar 10 centros de processamento de dados distribuídos pelo Estado, integrando os novos sistemas com plataformas já existentes, como o Bem-Te-Vi.
Graff fez um alerta aos prefeitos:
“Pedimos que os municípios aguardem o desdobramento do projeto antes de investir em sistemas próprios. O software estadual vai permitir integrar as câmeras locais aos bancos de dados da SSP, ampliando o acesso e a eficiência da tecnologia.”
Com a expansão planejada, Santa Catarina quer consolidar-se não apenas como o Estado mais seguro do país, mas também como um dos mais tecnológicos na prevenção e resposta à criminalidade.
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