Protesto “BASTA COLOMBO” interditou a Rua XV de Novembro na tarde desta quarta-feira (2)

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A manifestação “BASTA COLOMBO”, do SINTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de SC) , realizada na tarde desta quarta (02) interditou a Rua XV de Novembro. 

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Em Assembléia Estadual, no dia 18 de Março, os trabalhadores em educação decidiram entrar em ESTADO DE GREVE, esperando que o governo dê uma resposta para as seguintes questões:

  1. Respeitar a Lei do piso, pagando o reajuste para toda a categoria em parcela única e na carreira, garantindo assim a isonomia entre os trabalhadores em educação;
  2. Reconhecer os percentuais de reajuste do piso nacional dos anos anteriores e não pagos á categoria;
  3. Descompactar a tabela salarial;
  4. Discutir a revisão da Lei 456/2009 (Lei dos/as ACTs, acordo não cumprido da greve de 2.011);
  5. Rever o decreto da prorrogação funcional (acordo da greve de 2.011 e não cumprido);
  6. Abonar das faltas de mobilizações de anos anteriores;
  7.  Reconhecer 1/3 de hora atividade na jornada (folha aula);
  8. Resolver os problemas estruturais das escolas que ainda continuam em estado precário;
  9. Retirar os inativos/as da conta da educação, pois, de acordo com os relatórios técnicos do TCE estes continuam sendo pagos com o dinheiro carimbado para a educação;
  10. Oferecer vagas suficientes para o ensino médio;
  11. Respeitar a carreira do magistério destruída pela Lei nº 539/11, ignorando os anos de trabalho e formação dos profissionais;
  12. Acabar com a política de fechamento de escolas, principalmente nos bairros de periferia, pois penaliza a parcela da população que mais necessita de atendimento.

 

Várias manifestações serão realizadas em outras cidades do estado. Aqui em Blumenau, o SINTE teve o apoio do SINTRASEB – Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau.

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O presidente da Câmara de Vereadores Vanderlei de Oliveira (PT), acompanhou os manifestantes que após a se reunirem nas escadarias da Igreja Matriz, seguiram pela Rua XV até a Praça Victor Konder, em frente à Prefeitura Municipal.

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Sueli Adriano,  presidente do SINTRASEB (Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau), esteve presente no protesto desta quarta-feira. Em um pronunciamento, ela fez questão de mostrar o seu total apoio à manifestação. 

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Ao final, o Coordenador do SINTE, Luiz Carlos Vieira, conversou conosco explicando o estado de greve. Ele disse esperar uma boa proposta do governo do estado na reunião desta quinta-feira (03). 

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Estamos em estado de greve desde o dia 18/03, justamente para chamar a atenção do governo e dizer: estamos mobilizados, precisamos discutir. Esperamos que o governo apresente uma proposta. Nesta quinta (03), teremos uma nova audiência com o secretário de estado, e a classe espera que seja apresentada uma proposta razoável, dentro das nossas reivindicações, para que possamos discutir com a categoria. Se esta proposta não for aceita, vamos entrar em greve no dia 15/04, quando teremos a assembleia em Florianópolis.

Queremos nogociar com o governo, porque não dá mais pra esperar. Já utilizamos todas formas que temos para cobrar deles. E não só cobrar do governo, mas da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas, além de já termos entrado na justiça. Mas essa questão é muito morosa e a educação catarinense não pode esperar mais. Não é porque é ano eleitoral, o SINTE sempre estivemos na rua reivindicando a qualidade de educação para Santa Catarina. E o nosso estado tem condições, tem dinheiro, é hoje um dos melhores PIBS do país, é o estado que mais arrecada. Estamos aqui em Blumenau, que é um polo industrial, que arrecada muitos impostos.

Gostaria de perguntar para a população blumenauense: quantas escolas foram construídas aqui? Veja o quanto que cresceu a população catarinense. De quem que é a responsabilidade dos serviços essenciais desta cidade, como a educação, saúde e segurança? É do governo do estado. E eles tem virado as costas para os servidores públicos e para a sociedade catarinense. Esperamos que o governo apresente uma boa proposta, para que possamos continuar discutindo a melhoria da qualidade na educação do nosso estado.

Mas não é só por esse motivo, salarial, porque nossa luta também é por melhor qualidade na estruturas das escolas. A Escola João Gonçalves Pinheiro, do Rio Tavares em Florianópolis, está parada totalmente por decisão dos pais dos alunos. Eles não aceitam que seus filhos estudem em uma escola velha, caindo aos pedaços. Já faz 25 anos que o governo do estado está prometendo uma escola nova e a comunidade está sendo enrolada a cada ano. Era para ter sido entregue no final do passado, mas não foi. Depois o prazo foi estendido até o começo desse ano, mas também não foi. Agora pediram um prazo até dia 30 de Abril. E como a comunidade não aguentou mais, não deixou os filhos estudarem numa escola sem estrutura adequada. Conclusão: o ano letivo lá ainda não iniciou. Esse também é um dos motivos das nossas reivindicações: que o estado dê condições estruturais para que alunos e os trabalhadores possam ter qualidade na educação.

Estiveram presentes no movimento hoje, além da regional de Blumenau, as regionais de Curitibanos, Ituporanga, Rio do Sul, Ibirama, Jaraguá do Sul, Brusque, Itajaí, Canoinhas, Mafra e Joinville.

Veja na galeria outras fotos do protesto desta tarde:

Fotos e texto: Luciano Bernz