Problemas cardiovasculares já causaram a morte de 12 mil pessoas em SC neste ano

 

 

 

 

Só em Santa Catarina mais de 12 mil pessoas já tenham perdido a vida só em 2020 por conta de problemas cardiovasculares. A estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é de quase 300 mil mortes já tenham acontecido em todo o país. Os números reforçam o que a campanha global Setembro Vermelho alerta: os cuidados com a saúde do coração precisam estar mais em voga do que nunca.

A principal causa de morte é o infarto. O cardiologista e diretor técnico da Cardioprime, Julio César Schulz, comenta que a prevenção ao popular “ataque cardíaco” não passa apenas por uma medicação ou intervenção. “É preciso que todos entendam que o coração é sensível a todas as decisões que tomamos no nosso dia a dia: a opção por fazer ou não atividades físicas, a escolha por alimentos saudáveis, a redução no nível de estresse. Tudo impacta a saúde cardiovascular”, diz.

Por isso, a sugestão é que uma primeira avaliação com um cardiologista seja realizada no início da vida adulta, para que os reflexos sejam avaliados e acompanhados antes de chegar a um cenário como este.

 

O que é o infarto

O coração, como um músculo que é, precisa de oxigênio. O infarto acontece quando esse abastecimento é prejudicado. E é isso que difere os tipos mais comuns do evento.

O infarto agudo do miocárdio é quando a falta de oxigênio é causada porque a artéria coronária, responsável por promover essa oxigenação, está obstruída por uma placa de gordura. Os principais sintomas são dor no peito, sudorese, falta de ar e mal estar. É fundamental que, ao perceber esses indicadores, o paciente procure ajuda.

O chamado infarto fulminante é quando o fluxo de sangue é interrompido total e repentinamente pelo rompimento de uma dessas placas de gordura, que, além de interromper o fornecimento de oxigênio, ainda libera substâncias inflamatórias. Neste caso, é ainda mais importante um socorro rápido para salvar a vida do paciente.

De acordo com Julio, os dois casos podem ser prevenidos com acompanhamento, realização de pelo menos 30 minutos de atividades físicas por dia, alimentação adequada e inibição de hábitos como tabagismo e alcoolismo. “Quando reforçamos esses comportamentos, muitos pacientes entendem que são critérios subjetivos. Mas não são: as nossas atitudes diárias ditam o que queremos para a nossa saúde em curto, médio e longo prazos”, finaliza.