PM fecha lanchonete que estava funcionando após o horário permitido, em Blumenau

O proprietário tinha manifestado na sexta-feira (19/03) que iria descumprir o decreto estadual. No local, havia outros empresários do setor protestando.

Foto: PM de Blumenau

Por volta das 22h15 deste sábado (21/03/21), a Polícia Militar esteve no Madrugadão Lanches, localizado na Rua Paris, no bairro Itoupava Norte, em Blumenau, após receber denúncia de que estava funcionando além do horário permitido.

O decreto estadual número 1.218/21 determina que restaurantes, bares, pizzarias, sorveterias e afins, funcionem entre às 10h e 22h, com limite do ingresso de novos clientes até 21h. Já a venda de bebidas alcoólicas está proibida depois das 18h.

Ao chegar no local, a guarnição foi recebida por um grupo de empresários, que manifestou descontentamento com as medidas sanitárias de contenção a COVID-19 estabelecidas pelo governo do estado.

Segundo a PM, depois de uma conversa, todos teriam deixado o estabelecimento de maneira organizada e pacífica. Os poucos clientes que estavam na lanchonete, encerraram as suas contas e deixaram o local. Todos utilizavam máscaras e foram cordiais com os policiais.

Foi lavrado um Termo de Notificação de Irregularidade Administrativa, não havendo necessidade de interdição, permitindo assim que abra novamente dentro dos horários previstos pelo decreto.

Foto: Polícia Militar

No entanto percebemos vários comentários dizendo que a lanchonete continuou trabalhando até mais tarde. Questionada sobre o assunto, a PM nos respondeu “Após a conversa, foram confeccionados o procedimentos administrativos pertinentes, ao tempo em que os funcionários encerraram as atividades do local. Quando a PM saiu, o estabelecimento estava fechado”.

O proprietário do local, Jalmei Garcia, publicou um vídeo na manhã deste domingo (21) contestando essa versão e disse que funcionou normalmente até meia-noite. Na sexta-feira (19) divulgou o primeiro desafiando o decreto estadual. “Estou hoje convidando a todos os colaboradores, amigos empresários e clientes. Eu não vou aceitar o decreto do governador do Estado. Seu governador, se tirar 70% do seu salário durante um ano, eu quero ver você sobreviver. Então amanhã, às 18h, o madrugadão vai estar aberto. Só fecha se eu morrer”.