Pediatra dá dicas para reduzir os riscos de acidentes de crianças com brinquedos

 

Com a proximidade das festas de final de ano, principalmente do Natal, os pais devem ter cuidado na hora de escolher os presentes dos filhos para não ter problemas nessas datas festivas. Segundo dados do Inmetro, em 2017, 26% das lesões relacionadas a engasgo, inalação, ingestão de objeto e sufocamento foram com brinquedos.

Em épocas festivas como o Natal, o cuidado deve ser redobrado. A pediatra e endocrinologista, Michele Gatti C. Vieira, destaca orientações que devem ser seguidas na hora da compra para prevenir casos de acidentes. “Alguns brinquedos parecem ser inofensivos, mas podem causar ferimentos, intoxicações e sufocamentos, com diferentes níveis de gravidade”, enfatiza.

Segundo ela, ao adquirir um brinquedo existem alguns cuidados que pais e responsáveis devem observar. É importante testar o brinquedo e analisar se ele oferece risco de engasgo e sufocamento para crianças menores de três anos. “Criança nessa fase levam todos os brinquedos à boca, porque o colorido chama a atenção, por isso devemos ter mais cuidado”, relata a profissional.

O que observar na hora da compra

A médica explica que é importante ficar atento à faixa etária recomendada pelos fabricantes, para não dar brinquedos que não sejam apropriados para a idade. “Brinquedos elétricos (ligados em tomadas, com pilhas e baterias) não são aconselhados para crianças menores de oito anos, pois podem causar queimaduras, se ingeridos causam danos ao tubo digestivo ou ainda sufocamento se aspirados. E crianças até cinco anos não devem receber brinquedos com partes em vidro”, ressalta.

Deve-se observar também o número de peças, os materiais utilizados na fabricação, se contém partes destacáveis, se tem o selo do Inmetro. Brinquedos com pontas ou bordas afiadas e com correntes, tiras e cordas com mais de 15cm pelo risco de estrangulamento, devem ser evitados. Ao presentear com bicicletas, patins, patinetes e skates, é preciso estar atento sobre as regras de segurança e orientar para uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, luvas e buzinas.

“Essa é uma época de trocas de presentes. Pais, tios, avós, amigos, todos querem presentear as crianças, mas isso deve ser feito com responsabilidade. Cabe aos pais, selecionar o que pode e o que não pode ser entregue na mão dos pequenos”, finaliza.

Todos esses cuidados são importantes para não acontecer nenhum problema. Se algo ocorrer deve-se buscar ajuda o mais rápido possível.