Passageiro que foi esquecido na rodoviária de Indaial é indenizado em R$ 10 mil

O motorista do ônibus esqueceu de parar na cidade e o passageiro teve que pernoitar no local.

Foto: Google Street View
Uma empresa de ônibus foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10 mil, em favor de um passageiro que esperou pelo transporte na rodoviária, que não chegou, onde teve de passar a noite. A decisão foi prolatada pelo juízo da 1ª Vara da comarca de Indaial.
Consta nos autos que o passageiro adquiriu uma passagem rodoviária com destino a Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em janeiro de 2017, com o objetivo de visitar sua filha. O embarque estava previsto para as 21h10min, mas após mais de três horas de espera o homem foi informado que o motorista havia esquecido de passar por Indaial, no Vale do Itajaí. Em virtude disto, o passageiro pernoitou na rodoviária e somente no dia seguinte a empresa forneceu uma nova passagem.
A empresa não negou os fatos, mas afirmou que o inadimplemento contratual não seria suficiente para gerar dano moral. A ré garantiu que a partir do momento em que teve a informação de que o ônibus não fizera a parada na cidade de Indaial, providenciou o embarque do passageiro em outro veículo com o mesmo destino.
Por que a empresa, quando soube da falha, não encaminhou imediatamente o passageiro ao seu destino por outro ônibus, uber, táxi, van ou qualquer outro meio de transporte rodoviário? Isso não era difícil, até porque o requerente não viajava de avião, mas de ônibus. Para não gastar, certamente, e também porque, na verdade, não se importava com o bem-estar do consumidor ou com o atendimento dos interesses do seu cliente. Falta de respeito, sem dúvida, e consequente ofensa à dignidade da pessoa humana”, cita a juíza Horacy Benta de Souza Baby em sua decisão sobre o caso.
A empresa foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais em favor da parte autora na quantia de R$ 10 mil, devidamente atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a partir do arbitramento e acrescida de juros de mora. A decisão de 1º grau é passível de recurso (Autos n. 0300453-87.2017.8.24.0031/SC).
Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina