Paralisação parcial de motoristas e cobradores de ônibus nesta quinta (16)

Foto: Sindetranscol
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Cerca de 800 trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau, realizaram duas assembleias nesta quarta-feira (15/11/17). A maioria decidiu não aceitar a proposta oferecida pela empresa Blumob e decretaram estado de greve.

Isso significa que haverão paralisações parciais na manhã e tarde desta quinta-feira (16) em Blumenau. De manhã será entre às 9h e 11h, enquanto à tarde, foi agendado das 15h às 17h.

 

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O Sindetranscol diz que a proposta da Blumob de apenas renovar a atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), sem alterações, não garante as conquistas históricas previstas na CCT, tendo em vista a vigência da nova legislação trabalhista.

Para o presidente do sindicato, Pradelino Moreira da Silva, os trabalhadores querem apenas se proteger de futuras ações e manobras da empresa. Está sendo distribuído o informativo “Expresso do Povo”, com as informações sobre a data base da categoria, as negociações e razões da mobilização.

A categoria reivindica a manutenção de todos os direitos previstos na atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), incluindo novas cláusulas que garantam a segurança jurídica necessária que impeça o corte e ou a redução desses direitos no futuro, tais como:

  • A proibição de terceirização de qualquer atividade. (Trabalhadores terceirizados não são regidos pela mesma CCT, podendo ser contratados com salários menores, sem vale alimentação e em piores condições de trabalho);
  • A garantia de ultratividade da CCT, caso não ocorra nova negociação. Ou seja, a garantia da preservação dos direitos já negociados;
  • A não validação de rescisão contratual sem a prévia negociação com a entidade sindical;
  • A garantia que a comissão de representação de empregados prevista na nova lei, caso venha a ser constituída, não poderá tratar de assuntos ajustados na CCT, o que impedirá a redução dos direitos conquistados.
  • A prevalência da CCT sobre qualquer acordo individual ou coletivo.
  • Além das cláusulas econômicas:
  • Reposição salarial de 1,83% referente à inflação do período compreendido entre 1º de novembro de 2016 a 31 de outubro de 2017;
  • Aumento real de 3% e reajuste no Vale Alimentação de R$ 700 para R$ 820.