O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (15/10), a Operação Engrenagem, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital. O objetivo é desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e responsável por um esquema de lavagem de dinheiro milionário em Santa Catarina.
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A investigação, que já durava vários meses, revelou um sistema complexo usado pelo grupo para ocultar valores provenientes do tráfico de entorpecentes. Segundo o Ministério Público, os investigados usavam empresas de fachada, contas de terceiros e transações simuladas para dar aparência de legalidade ao dinheiro ilícito. As ramificações do esquema alcançavam diversos municípios catarinenses e também outros estados.
No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Estadual das Organizações Criminosas, em endereços ligados aos principais investigados e às empresas envolvidas. As ações em Santa Catarina ocorreram em Palhoça, São José, Imbituba e Laguna. Já no Rio Grande do Sul, foram em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
Além das buscas, o Poder Judiciário determinou o bloqueio de bens e valores no total de R$ 27.520.149,04, atingindo 32 pessoas físicas e jurídicas apontadas como participantes ou beneficiárias do esquema criminoso.
A operação teve apoio de diferentes forças policiais. Em Santa Catarina, participaram unidades da Polícia Civil, como os Departamentos de Investigações Criminais de Florianópolis, São José e Palhoça, além da CORE, da COPC e de integrantes do próprio GAECO. Pela Polícia Militar, atuaram equipes do BOPE, BPChoque, Patrulhamento Tático (PPT) e guarnições de seis batalhões — 7º, 16º, 24º, 28º e 34º — além de uma equipe de Auto Socorro de Urgência (ASU) do Corpo de Bombeiros Militar.
No Rio Grande do Sul, a ação contou com o apoio do GAECO do Ministério Público gaúcho e de policiais do BPChoque da Brigada Militar. O nome “Engrenagem” foi escolhido por representar a forma como a organização atuava: cada membro funcionava como uma peça essencial dentro de um sistema interligado voltado à obtenção de lucro e à dissimulação de capitais ilícitos.
A 39ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pela investigação, atua desde 1º de julho de 2025 com abrangência estadual, conduzindo casos relacionados a facções criminosas em todo o território catarinense, conforme o Ato n.º 769/2025/PGJ.
O GAECO é uma força-tarefa do Ministério Público de Santa Catarina, composta por representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. O grupo atua na identificação, prevenção e repressão de organizações criminosas.
De acordo com o MP, as investigações seguem sob sigilo, e novas informações poderão ser divulgadas à medida que os autos se tornarem públicos.
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