Esse era o apelido do ex-delegado Renato Hendges (65), um dos profissionais mais competentes da Polícia Civil de Santa Catarina e com 48 anos de carreira. Ele faleceu na madrugada desta terça-feira, às 4h40min, por complicações de uma infecção pulmonar, depois de ter sido internado na UTI na noite de terça-feira. Mas a sua maior luta, foi contra o câncer. Há pouco tempo, houve uma mobilização no Facebook, para conseguir doação de sangue.
Ele atuou 34 anos na Divisão Antisequestros, esclarecendo todos os sequestros em Santa Catarina. Através de seu trabalho ele trouxe a liberdade à várias vítimas de cativeiros e prendeu quadrilhas que causaram pânico em todo o Brasil entre as décadas de 1980, 1990 e 2000. Algumas tinham atuação internacional.
Quando se aposentou este ano, a equipe que trabalhava com ele foi dissolvida. Entre eles, Renatão destacou Mário Rocha que trabalhou 26 anos ao seu lado, e que agora foi para o expediente da Deic. Os profissionais Martins e o Tiago foram para outras equipes.
Segundo o ex-delegado, o sequestro mais tenso foi o da Brandalise em 1988 (dois filhos da família de 8 e 14 anos), donos na época do grupo Perdigão. Os sequestradores exigiram U$ 2 milhões, um dinheiro que encheu o porta malas e o banco traseiro de um Monza.
Trajetória profissional:
– 1974 – comissário de polícia em Rio do Sul
– 1980 – formou-se na FURB
– 1983 – delegado em Rio do Sul
– 1990 – assumiu a titularidade da Divisão Antisequestro da Deic
Homenagens:
No último dia 2 de abril, começo deste mês, o ex-delegado Renato Hendges recebeu a medalha Anita Garibaldi na Casa d’Agronômica, a residêncial oficial do governador Raimundo Colombo. Ele também recebeu outras seis menções honrosas, pelo seu trabalho em nosso estado.
O velório ocorrerá na Academia de Polícia (Acadepol), em Florianópolis, depois o corpo segue para Balneário Camboriú onde será cremado.