Meu primeiro contato com um Rat Rod

 

Texto e fotos: Claus Jensen

Na noite desta segunda-feira (11/01/18), fui ao supermercado Giassi fazer umas compras. Quando voltei, estacionou  na frente do meu carro, um Fusca VW 1300 (1974) com placas de Blumenau, todo diferenciado.

Em vez de uma pintura brilhante, estava toda gasta, a roda parecia torta e os faróis da frente tinham uma cruz. Sobre o teto do carro, uma caixa de Coca-Cola e um aro de pneu. No câmbio de marcha, uma caveira branca dava um toque diferente. O espelho, todo personalizado.

 

 

Apesar da aparente desordem, tudo tinha um equilíbrio estético. Foi aí que descobri o estilo chamado Rat Rod. Ele é uma vertente dos Hot Rod, com a diferença de que na aparência parecem inacabados, seja pela falta de pintura ou de acabamentos.

Não resisti e abordei o casal que saiu do veículo. O condutor era Daniel Wachholz, de 40 anos, que trabalha como diretor de arte em uma agência de propaganda; e estava acompanhado da namorada, Cláudia Moura, de 32.

OBlumenauense: Como surgiu a ideia de ter um Fusca todo diferente?

Daniel Wachholz: Eu sempre gostei muito de carros antigos, ainda mais no estilo chamado Rat Rod, mais voltado à parte mecânica do que na estética perfeita de ter um carro bem acabado. Quando a pessoa adquire o veículo, geralmente coloca na rua e deixa assim mesmo. O estilo nasceu nos EUA e acabou influenciando diversos mercados automobilísticos. É muito comum usarem os da linha da Volkswagen, como Fusca, Variant e Kombi.

 

 

OBlumenauense: Quando você adquiriu o carro e quais mudanças fez?

Daniel Wachholz: Há quatro anos atrás vi o carro na rua, que tinha um grande potencial e já estava encaminhado para aplicar o rat rod. Ele já tinha esse tipo de suspensão e a pintura estava desgastada.

Eu comprei o veículo, fiz toda a parte mecânica e depois coloquei os acessórios. Foi feita desde a coluna de direção, revisada a suspensão, a transmissão, refeito o motor e a parte elétrica. Ele tem ignição eletrônica, alternador, uma suspensão toda regulável e está com a documentação regularizada para andar desse jeito. É um carro confiável, que podemos viajar tranquilamente.

 

 

OBlumenauense: Quanto você gastou para deixá-lo assim?

Daniel Wachholz: Estimo que pelo menos uns R$ 16 mil, inclusive com a parte mecânica.

OBlumenauense: O fato de trabalhar com design e sempre buscar algo diferente, acabou influenciando na preferência pelo estilo?

Daniel Wachholz: Talvez não na questão de gostar do estilo, mas no equilíbrio estético, sim, ajudou. São referências que temos e acabam refletindo em todas as esferas, inclusive nessa.