
As nuvens que pairavam sobre Blumenau na manhã deste sábado (11/10/25) deixaram muitos em dúvida: será que o desfile aconteceria? A chuva leve, que vinha e voltava, colocou em suspense o segundo desfile oficial da 40ª Oktoberfest. Mas, quando o relógio se aproximou das 16h, os participantes de uma das atrações mais esperadas da festa começaram a se movimentar.
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A Rua XV de Novembro se encheu de cores, sons e sorrisos. O que antes era incerteza virou celebração. Turistas e moradores vindos de toda a região do Vale do Itajaí esperavam o momento em que a música das bandas marcaria o início do cortejo — um espetáculo feito por pessoas, para pessoas.

A energia que vence o cansaço
O desfile percorre um trajeto de aproximadamente 1,3 quilômetro, entre a Alameda Rio Branco e a Rua Amadeu da Luz, no coração da cidade. É um percurso curto no mapa, mas longo na emoção. Ninguém parece sentir o peso do caminho. Os grupos folclóricos seguem firmes, sorrindo para as câmeras e acenando para o público. Bandas escolares mantêm o ritmo, e os trajes típicos se misturam aos cheiros de chope e salsichas que pairam no ar.
O público, estimado pela prefeitura entre 4 e 5 mil pessoas, vibra a cada nova atração. Carros alegóricos passam oferecendo pequenos agrados — comidinhas típicas, pão com linguiça, cucas e, claro, muito chope gelado. É uma troca de alegria: quem desfila recebe aplausos; quem assiste, recebe brindes e histórias.
Tradição que se renova
A edição de 2025 marcou uma mudança importante: a proibição do uso de tração animal nos desfiles organizados pelo município. A decisão segue a linha de gestão do prefeito Egídio Ferrari, que desde sua campanha para deputado estadual defende a causa animal. Assim, as tradicionais charretes deram lugar a veículos motorizados e alegorias adaptadas.

A novidade
Entre as novidades deste ano, estava o carro alegórico dedicado ao tradicional queijo branco fundido (kochkäse) com a missão de resgatar essa iguaria gastronômica da cultura germânica. Desfilar pela primeira vez com o próprio carro e ao lado da família foi um momento mágico e inesquecível para Karol Gehrke, fundadora do carro.
Ela conta que o Kochkäsewagen nasceu de um sonho antigo do seu pai, Alair Gehrke, que também é amante da Oktoberfest desde a primeira edição. “Trabalhamos muito e, este ano, o projeto saiu do papel”, conta Karol. O lançamento foi registrado em vídeo pelo portal OBlumenauense.

Motores, emoção e solidariedade
Entre os destaques deste ano, um trio chamou atenção: três carros com pilotos da Porsche Cup Brasil, uma das patrocinadoras oficiais da Oktoberfest. O grupo participou do desfile como parte da campanha “Nenhuma Criança Sem Brinquedo no Natal”, idealizada pelo piloto blumenauense Silvio Morestoni, unindo o automobilismo à solidariedade. A presença dos carros esportivos trouxe velocidade simbólica à avenida — e muitos flashes ao longo do trajeto.

Um espetáculo que é do povo
Quando o último carro alegórico passou e a música se misturou ao som dos aplausos, a Rua XV parecia mais viva do que nunca. O desfile é mais do que uma tradição: é o reflexo de uma cidade que, mesmo sob o tempo incerto, sempre encontra um motivo para celebrar.
Entre o som das bandas, o tilintar dos copos e o cheiro de malte no ar, Blumenau reafirmou, mais uma vez, que a Oktoberfest é feita por quem a vive — na rua, no sorriso e no coração.
As fotos abaixo, registradas pelos profissionais Daniel Zimmermann e Michelle Lamin, não seguem a ordem do desfile.














































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