Judiciário promove encontro com a imprensa para conversar sobre violência doméstica

 

Cobertura de Marlise Cardoso Jensen

Nesta semana o judiciário de Blumenau promoveu um encontro com a imprensa falando sobre a campanha Paz em Casa. O objetivo era prestar esclarecimentos sobre os reflexos da violência doméstica, no âmbito familiar, social e jurídico, abordando o papel das instituições envolvidas.

O encontro aconteceu às 10h desta terça-feira (23/08/18), no Salão do Tribunal do Júri, no Fórum Central da Comarca de Blumenau localizada atrás do Parque Ramiro Ruediger, no bairro Velha. Coordenado por Quitéria Tamanini Vieira Peres, juíza de Direito da 1ª Vara Cível e Diretora do Foro; primeiro houve uma breve apresentação com algumas ponderações iniciais por parte dos juízes, juízas e promotoras de justiça. Em seguida os profissionais da imprensa puderam formular suas perguntas sobre as questões apresentadas.

 

 

A iniciativa teve como motivação a grande repercussão que vários casos tiveram recentemente na imprensa, como o assassinato de Bianca Mayara Wacholz, morta pelo ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento. Quem acompanha OBlumenauense percebe um aumento na divulgação dos casos de violência doméstica pela própria Polícia Militar.

 

 

Estiveram presentes os juízes de direito Frederico Andrade Siegel (2ª Vara Criminal); Juliano Rafael Bogo (1ª Vara Criminal); Edson Marcos de Mendonça (2ª Vara da Família); a juíza de direito Simone Faria Locks (Vara da Infância e Juventude); além das promotoras de justiça Kátia Rosana Pretti Armange e Deize Maro Oeschler.

 

 

Em Blumenau há 3.803 processos ativos na 2ª Vara Criminal, que lida com os casos de violência contra a mulher, além de roubos, furtos, e outros delitos. Isso significa que até algum ser resolvido, pode até demorar, pelo volume de processos misturados.

Para agilizar, somente se Blumenau tivesse uma comarca voltada aos casos de violência contra a mulher. Por enquanto não há previsão para isso, porque não há recursos destinados para estrutura e funcionários. Até lá, as vítimas recorrem às medidas protetivas de emergência, que garantem o afastamento do agressor. No município, são expedidas 29 medidas dessas em média por mês.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, a cada 10 minutos uma mulher é vítima de alguma agressão no estado.

O vídeo apresenta a entrevista de dois juízes e uma rápida introdução do evento pela sua organizadora.