Joinville limita em 30% o atendimento de bares, restaurantes, shoppings e academias

Foto: Freepik

 

 

 

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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até quarta-feira (18/11/20) Joinville era a segunda cidade de Santa Catarina com mais casos positivos de Covid-20. Desde o início da pandemia, foram confirmados 27.036 pacientes. Hoje ela foi ultrapassada por Florianópolis que registrou apenas 30 a mais.

Esse grande número fez o prefeito Udo Döhler tomar a decisão de limita em 30% a capacidade de atendimento de bares, restaurantes, shopping centers e academias. A entidade que representa parte desse setor prejudicado por um ano difícil em função da pandemia reclamou.

O Presidente da Abrasel em Santa Catarina, Raphael Dabdab, considerou equivocadas e covardes as novas restrições. A entidade questiona o fato de da decisão ser tomada dois dias após o primeiro turno das eleições para prefeito, cujo resultado não beneficiou o candidato apoiado pela situação.

Joinville e Blumenau são as únicas cidades catarinenses que terão segundo turno. Aqui os números de casos positivos – de acordo com a prefeitura – chegaram a 20.642.  Será que teremos algo parecido antes ou logo depois das eleições?

Confira a nota:

Abrasel considera equivocadas e covardes as novas restrições adotadas em Joinville

O decreto do prefeito Udo Döhler, que limita a 30% a capacidade de atendimento de bares, restaurantes, shopping centers e academias, entre outros, é irresponsável, pois condena à morte setores que já amargam a falência de centenas de empresas e o fechamento de milhares de postos de trabalho. A Abrasel questiona o fato de ter ocorrido dois dias após o primeiro turno das eleições para o Executivo municipal, cujo resultado não beneficiou o candidato apoiado pela situação. Principalmente porque a medida vai de encontro aos anúncios feitos anteriormente, que apontavam a manutenção dos decretos anteriores.

Considerando que os estabelecimentos da cidade obedecem a protocolos rígidos há muitos meses, claramente não são eles os responsáveis pelo aumento do contágio da Covid-19 no município. O único fato recente – e provável causa deste quadro – é campanha eleitoral.

Outro questionamento: Por que não foi adotado este mesmo critério na indústria, cujos ambientes possuem maior de concentração de pessoas? Faltou coerência ou coragem para ampliar as restrições neste segmento?

O fato é que o setor produtivo e os trabalhadores já foram duramente impactados no lockdown de março para que fossem feitos investimentos na saúde – e não mais vivenciarmos situações como esta. Por que não se concretizaram? Por fim, também perguntamos: Onde estão os respiradores?
Florianópolis, 19 de novembro, 2020

Raphael Dabdab
Presidente da Abrasel em Santa Catarina