Indicação Geográfica da Maçã Fuji será lançada nesta quarta (24/11), em São Joaquim (SC)

A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Fotos: Aires Mariga [Epagri]

A Epagri, em parceria com a Associação de Produtores de Maçã e Pera (Amap) e o Sebrae, realiza o lançamento da Indicação Geográfica (IG) da Maçã Fuji da Região de São Joaquim nesta quarta-feira (24/11/21), às 19h, no Clube Astrea, em São Joaquim. Esse é mais um evento a compor o calendário comemorativo dos 30 anos de fundação da Epagri.

A Maçã Fuji da Região de São Joaquim foi a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

Uma IG atesta que um produto só tem aquelas características porque é produzido de determinada forma, ou porque tem notoriedade na produção. A Denominação de Origem parte do pressuposto de que as características geográficas (naturais e humanas) dessa região determinam a singularidade e a qualidade do produto.

A conquista é resultado de uma parceria desenvolvida pela Epagri, Sebrae, UFSC e prefeituras, por meio de suas secretarias de agricultura, com apoio de produtores locais e de outras instituições, como a Cidasc, por exemplo. A solicitação foi apresentada ao INPI pela Associação de Produtores de Maçã e Pera de SC (Amap).

Características únicas

A maçã Fuji produzida na região de São Joaquim destaca-se por suas características únicas de cor, formato e sabor, entre outras. “Por isso, ela foi objeto de pedido de IG”, explicou Marlon Couto, gerente regional da Epagri em São Joaquim. Ele destacou que a elevada altitude da região delimitada pela IG (acima de 1.100 metros) é fator determinante para essas diferenciações.

Foram pelo menos três anos de trabalho das instituições envolvidas para obtenção da IG. “A gente espera agora que o setor se aproprie desse signo distintivo. Teremos avanços que certamente trarão benefícios aos produtores e ao desenvolvimento da região”, sentenciou o gerente da Epagri.

Dioni Nunes Pereira, presidente da Amap, espera que a Indicação agregue valor à produção. “Vamos ter um produto diferenciado, vamos abrir vários mercados com essa IG para nossa fruta”, previu. “A gente sabe que a nossa maçã da variedade Fuji tem diferencial, é única no mundo.”.

30 anos da Epagri

Em 20 de novembro de 1991, o Estado uniu os trabalhos de pesquisa e extensão rural e pesqueira, somando experiências em diferentes áreas e fortalecendo ainda mais o setor. De lá para cá, a Epagri se firmou junto à sociedade como uma empresa confiável e eficiente, sempre ao lado dos catarinenses. Para marcar seus 30 anos, a Empresa organizou um calendário comemorativo com eventos que acontecem por toda Santa Catarina até dezembro.

Fotos: Aires Mariga [Epagri]
A Epagri está presente em todos os municípios de Santa Catarina, que podem contar com o serviço de pelo menos um extensionista rural. Dispõe de 13 unidades de pesquisa estrategicamente espalhadas pelo Estado a fim de desenvolver tecnologias aplicadas às necessidades dos agricultores de cada região. A estrutura da Empresa conta ainda com 13 Centros de Treinamento, também espalhados pelo território catarinense, com o objetivo de capacitar agricultores, técnicos e outros profissionais.

O sucesso de Santa Catarina no agronegócio é um dos reflexos do bom trabalho desenvolvido pela Epagri ao longo de seus 30 anos de história. Em 2020, em plena crise sanitária e econômica, o Estado catarinense alcançou o maior Valor de Produção Agropecuária (VPA) da história: R$40,9 bilhões. No ano passado, a agropecuária catarinense também bateu recorde de participação no valor de exportações do Estado: 70,2%.

Santa Catarina é hoje o maior exportador de suínos e o segundo maior de frangos do Brasil. Somos o maior produtor de cebola, ostra, maçã e carne suína do país; o segundo maior produtor de arroz, carne de frango, palmito, pitaia e pera; terceiro de alho, erva-mate, maracujá e pêssego e quarto de uvas. Tudo isso numa área que ocupa apenas 1,13% do território nacional.

Fonte: Governo de SC