A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) divulga o boletim n° 06/2018 sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre dechikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica (SE) n°13 (31 de dezembro de 2017 a 31 de marçode 2018).
No período de 31 de dezembro de 2017 a 31 de março de 2018, foram identificados 6.929 focos do mosquito Aedes aegypti em 132 municípios. Nesse mesmo período em 2017, haviam sido identificados 4.208 focos em 116 municípios. O número de focos de 2018 é 64,7% maior quando comparado ao mesmo período do ano de 2017.
Em relação à situação entomológica, já são 67 municípios considerados infestados, o que representa um incremento de 21,8% em relação ao mesmo período de 2017, que registrou 55 municípios nessa condição.
Municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti
Águas de Chapecó | Coronel Martins | Maravilha | Quilombo |
Águas Frias | Cunha Porã | Modelo | Saltinho |
Anchieta | Descanso | Mondaí | São Bernardino |
Balneário Camboriú | Dionísio Cerqueira | Navegantes | São Carlos |
Bandeirante | Formosa do Sul | Nova Erechim | São Domingos |
Belmonte | Florianópolis | Nova Itaberaba | São José |
Bom Jesus | Galvão | Novo Horizonte | São José do Cedro |
Bom Jesus do Oeste | Guaraciaba | Palma Sola | São Lourenço do Oeste |
Brusque | Guarujá do Sul | Palmitos | São Miguel do Oeste |
Caibi | Iporã do Oeste | Paraíso | Saudades |
Camboriú | Ipuaçu | Passo de Torres | Seara |
Campo Erê | Iraceminha | Penha | Serra Alta |
Catanduvas | Itajaí | Pinhalzinho | Sul Brasil |
Caxambu do Sul | Itapema | Planalto Alegre | União do Oeste |
Chapecó | Itapiranga | Porto Belo | Xanxerê |
Cordilheira Alta | Joinville | Porto União | Xaxim |
Coronel Freitas | Jupiá | Princesa |
Dengue
No período de 31 de dezembro de 2017 a 31 de março de 2018, foram notificados 615 casos de dengue em SantaCatarina. Desses, 5 (1%) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), 17 (2%) estão inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada), 490 (80%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 103 (17%) estão sob investigação pelos municípios.
Do total de casos confirmados até o momento, 2 são autóctones (transmissão dentro do estado), ambos residentes no município de Itapema, e 3 são importados (transmissão fora do estado), residentes nos municípios de Biguaçu, Porto União e São José, apresentando, respectivamente, os estados do Mato Grosso do Sul, da Bahia e da Paraíba como Local Provável de Infecção. Em comparação com o último boletim, houve a confirmação dos 2 casos autóctones.
Febre de chikungunya
No período de 31 de dezembro de 2017 a 31de março de 2018, foram notificados 129 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 5 (4%) foram confirmados (todos pelo critério laboratorial), 84 (65%) foram descartados, 40 (31%) permanecem como suspeitos, sendo investigados pelos municípios.
Do total de 5 casos confirmados até o momento, 3 são importados (transmissão fora do estado) e 2 são autóctones (transmissão dentro do estado), ambos residentes no município de Cunha Porã. O caso autóctone divulgado por São Miguel do Oeste permanece em investigação, aguardando o resultado do exame encaminhado ao laboratório de referência do estado.
Casos confirmados de febre de chikungunya segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI)
Municípios de residência/ SC | Nº de casos em investigação de LPI | Nº de casos indeterminados | Nº de casos importados | Nº de casos autóctones | Local Provável de Infecção (LPI) | |
Cunha Porã |
0 |
0 |
1 |
2 |
1 Mato Grosso,
2 Cunha Porã/SC |
|
Itajaí |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 Rio de janeiro | |
Tubarão |
0 |
0 |
1 |
0 |
1Mato Grosso | |
Total |
0 |
0 |
3 |
2 |
5 |
No período de 31 de dezembro de 2017 a 31 de março de 2018, foram notificados 35 casos de zika vírus em Santa Catarina, 27 (77%) foram descartados, 7 (20%) permanecem como suspeitose 1 (3%) como inconclusivo.
Na comparação com o mesmo período de 2017, quando foram notificados 39 casos, observa-se uma redução de 10% na notificação em 2018 (35 casos).
Por Patrícia Pozzo, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica