Horário de Verão 2017: domingo é dia de adiantar o relógio em uma hora

 

O horário de verão não agrada a todos, principalmente os que sofrem com a adaptação do seu relógio biológico, que pode resultar em semanas sonolentas. Neste domingo (15/10/17), começa a 42ª edição do Horário de Verão (HV) que segue até o dia 18 de fevereiro de 2018.

Quando chegar a meia-noite (de sábado para domingo), os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem adiantar seus relógios em uma hora. O governo federal defende a implantação da medida, já que evita o consumo simultâneo industrial e comercial, registrado normalmente após às 18 horas.

“Sem o Horário de Verão, este fato poderia causar um pico de demanda elevado entre 18h e 21h, em uma época do ano em que o sistema é comumente submetido a severas condições operativas de demanda”, explica o gerente do Departamento de Comercialização da Celesc, Gustavo Rocha.

Para ele, os principais benefícios da medida são a maior confiabilidade de suprimento em determinadas áreas do Sistema Elétrico, mais flexibilidade operativa e redição de cortes de carga em situações de emergência. “Ao longo dos anos, o HV vem representando uma redução de quase 5% na demanda durante o horário de pico, em Santa Catarina”, relata.

Na última década, a diminuição na demanda por energia entre 18h e 21h ao longo do Horário de Verão foi de, aproximadamente, 4,5%. Nas regiões do país em que o HV é adotado foi registrada uma economia de 0,5% no consumo de energia, em todo o período do Horário de Verão. Isso corresponde ao consumo mensal de energia de uma cidade com 2,8 milhões de habitantes, como Brasília, por exemplo.

Entretanto, estudos realizados este ano pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), demonstraram que a adoção do HV em âmbito nacional traz, atualmente, resultados próximos da neutralidade para o sistema. Os estudos foram avaliados pelo Governo Federal, que decidiu manter a vigência do Horário de Verão para o ciclo 2017/2018, considerando que a medida traz ao consumidor final outros benefícios, como ganho de tempo para lazer, turismo, comércio e segurança. A política será reavaliada nos próximos anos.

Fonte: SECOM/SC