Hemmer tem crescimento real em 2016 e pretende exportar para a América do Sul

Ericsson Luef, presidente da Hemmer | Foto: Daniel Zimmermann
Ericsson Luef, presidente da Hemmer | Foto: Daniel Zimmermann

“A Hemmer sempre foi uma companhia muito pé no chão. Não deixamos que a euforia dos bons momentos e a turbulência dos maus interfira na nossa preocupação com a credibilidade da marca, que é constante”. É com essa frase que Ericsson Luef, presidente da centenária produtora de alimentos de Santa Catarina, define o perfil da empresa. Em 2016, os números comprovam essa sobriedade: com aumento de faturamento entre 10 e 15%, a marca prevê um crescimento real de 5%.

De acordo com o executivo, a empresa acompanhava os sinais de complicações nos cenários político e econômico nacionais há alguns meses e se preparou para 2016. “Antes da recessão, já tínhamos um planejamento revisado de investimentos que acompanhava esse momento. Tivemos proatividade e não esperamos que a tempestade chegasse para tomar medidas”, diz Ericsson.

Com a queda na busca por bens duráveis, segundo a leitura da empresa, os brasileiros passaram a consumir produtos de melhor qualidade no que diz respeito à alimentação. Isso, somada a alta do dólar que encareceu os produtos importados, trouxe uma oportunidade para indústrias como a Hemmer. “Parte da nossa linha é trazida de fora do país. Neste sentido, fomos afetados pela alta da moeda norte-americana como todo mundo. Mas, nos itens que são produzidos internamente, a disparada dos preços dos concorrentes importados fez com que o consumidor provasse os nossos produtos”, explica Ericsson.

O crescimento da Hemmer está concentrado no Norte e no Nordeste, além da ampliação do mix nos cerca de 20 mil pontos de venda ativos.

Os investimentos em lançamentos foram mantidos. Só este ano, a Hemmer ampliou de uma para sete o número de maioneses, trouxe ao mercado mais três mostardas e um barbecue, além das versões cremosas dos molhos shoyu e de pimenta, o gengibre em conserva e um sunomono pronto (rodelas de pepino tradicionais na cozinha oriental). Além disso, lançou uma linha de cervejas artesanais que é uma das apostas para 2017.

 

 

Fortalecer no Brasil, começar a olhar para fora

Para 2017, a Hemmer seguirá apostando numa maior presença nacional, com a ampliação do mix nos pontos de venda já ativos e abertura de novas frentes de trabalho. Mas o futuro da companhia, de acordo com o presidente, é conquistar outros mercados na América do Sul. “Vamos terminar 2017 com um distribuidor em cada um dos países da região. Já temos negociações formalizadas com Paraguai e Colômbia”, afirma Ericsson.

Em relação aos investimentos, o lançamento de produtos e a aquisição de novos maquinários também estão nos planos. “Uma empresa é um ente vivo, está em constante transformação. Na Hemmer não é diferente. Teremos novidades bastante expressivas para o mercado e seguiremos com a nossa máxima de foco em qualidade dos nossos produtos”, finaliza.

Sobre a Hemmer

Fundada em 1915, a Hemmer é uma empresa familiar localizada em Blumenau (SC). São mais de 300 itens no portfólio com as marcas Hemmer, Tauá e Cigano. Ao todo, o número de pontos de venda supera 20 mil, em todos os estados brasileiros.