Gol a três minutos do fim da prorrogação leva Argentina às quartas de final

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Foi sofrido, mas, com um gol marcado por Di María aos 12 minutos da segunda etapa da prorrogação, a Argentina conseguiu se classificar para as quartas de final da Copa do Mundo, eliminando a Suíça. Agora, a Argentina espera o vencedor do jogo entre a Bélgica e os Estados Unidos, que jogam ainda hoje (1º), às 17h, em Salvador, para conhecer seu adversário na próxima etapa do Mundial.

Argentinos e brasileiros constituíam a maior parte dos torcedores no Itaquerão, palco da partida, mas havia também um bom número de suíços no estádio.

A festa no primeiro tempo foi dominada pelos argentinos, que cantavam, gritavam e pulavam nas arquibancadas. Para provocar os argentinos e acirrar a rivalidade futebolística, em duas oportunidades, os brasileiros arriscaram um coro de “pentacampeão” no estádio: no primeiro e no segundo tempos. Também houve provocações de brasileiros enaltecendo Pelé e criticando Maradona, maior ídolo do futebol argentino. Na segunda etapa, a torcida argentina calou-se, voltando a se manifestar apeas na prorrogação.

O jogo começou com muita disputa no meio de campo. Só aos 7 minutos é que surgiu uma bela jogada, com o suíço Mehmedi arrancando os primeiros gritos e aplausos da torcida no estádio. A defesa argentina afastou o perigo. A Argentina, por sua vez, só conseguiu dar o primeiro chute a gol aos 12 minutos, com Messi, para defesa fácil do goleiro Benaglio.

Aos 24 minutos, em cobrança de falta na área suíça, Messi levantou a bola para Higuaín, de cabeça, mandar por cima do gol. Aos 26 minutos, a Suíça respondeu, mas o goleiro Romero afastou o perigo, tirando a bola com o pé.

A Argentina teve o maior tempo de bola no primeiro tempo, mas as principais jogadas – e mais perigosas – foram da Suíça. A principal delas ocorreu aos 38 minutos, colocando o estádio em êxtase: Shaqiri fez uma bela jogada e tocou a bola para Drmic que, completamente sozinho, tentou encobrir o goleiro, mas acabou tocando fraco, permitindo a defesa de Romero. Dois minutos depois, quando os argentinos tocavam a bola no campo de ataque, começaram as primeiras vaias no estádio.

Na segunda etapa, a Argentina voltou pressionando, mas a melhor jogada foi da Suíça, aos 5 minutos, novamente com Shaqiri tocando para Drmic, que chutou mal e perdeu nova oportunidade de gol.

Depois disso, a equipe de Messi dominou o jogo, embora tenha criando poucas chances de gol. Aos 13 minutos, após triangulação na grande área, o goleiro suíço fez boa defesa em chute de Rojo. Aos 16 minutos, o goleiro fez outra grande defesa em cabeçada de Higuaín, após cruzamento de Rojo. Seis minutos depois, Messi chutou de fora da área, exigindo nova defesa de Benaglio.

Aos 32 minutos, Messi chutou rasteiro e o goleiro espalmou. Na tentativa de recuperar a bola, Benaglio chocou-se com o argentino Palacio. O juiz não marcou falta e a defesa suíça conseguiu colocar a bola para escanteio.

Na primeira etapa da prorrogação, as duas equipes pouco criaram ou arriscaram em busca do gol.

A torcida brasileira, em maior número no estádio, passou então a aproveitar o momento de tensão e silêncio dos argentinos para gritar olé a todo momento em que a seleção suíça tocava na bola. Na segunda etapa, a Argentina voltou a pressionar a Suíça. Logo aos três minutos, Di María deu um belo chute da entrada da área, que exigiu boa defesa de Benaglio. O gol, porém, só veio aos 12 minutos da segunda etapa da prorrogação: Di María, o mais ativo jogador argentino, recebeu a bola de Messi e mandou para o fundo da rede, fazendo o único gol do jogo.

No minuto seguinte, a Suíça teve a chance do empate, mas a cabeçada de Dzemaili tocou no travessão. Já nos acréscimos da prorrogação, o juiz marcou uma falta perigosa, quase na entrada da grande área para a Suíça, mas Shaqiri cobrou em cima da barreira.

via Agência Brasil | Texto: repórter Elaine Patricia Cruz  l Edição: Nádia Franco