FURB realiza treinamentos sobre cobras e serpentes em Blumenau

Eles foram direcionados aos prestadores de serviços gerais e de jardinagem da Divisão de Administração do Campus (DAC).

Foto: Furb

O Programa em Educação Tutorial de Biologia (PET Bio) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) está realizando treinamentos para lidar com cobras e serpentes, tão comuns nesse período do ano. As informações foram direcionadas aos prestadores de serviços gerais e de jardinagem da Divisão de Administração do Campus (DAC).

A necessidade do treinamento foi identificada após relatos de encontros com serpentes, feitos à professora Simone Wagner, que coordena o Serpentário do curso de Ciências Biológicas da Universidade e também é tutora do PET Bio. São repassados desde os protocolos de segurança para evitar acidentes com os animais a sobre o que fazer caso ocorra uma picada.

Em novembro de 2021, as equipes dos Campus 1 e 5 acompanharam as explicações. Nesta terça-feira (15) a atividade foi realizada com os prestadores que atuam nos Campus 2 e 3.

Medidas de segurança

Uma das principais medidas de segurança em encontros com esses animais é manter distância de, no mínimo, 1,5 metro, para que, dessa forma, mesmo que a serpente dê um bote para se defender, não consiga alcançar a pessoa.

Além disso, é importante tirar uma foto do animal para que a Polícia Militar Ambiental ou os bombeiros, que devem ser contatados após o encontro, possam identificar a espécie e levá-la para outra localidade.

Ao ser picado, é necessário fazer a limpeza do ferimento com sabão e água, tirar uma foto da serpente para identificação da espécie, e fazer o encaminhamento da vítima para um hospital, ou ligar para o Corpo de Bombeiros no número 193. É importante registrar uma imagem do animal para que os especialistas consigam identificar a espécie, e assim o veneno, para realizar o tratamento correto.

Os bolsistas do PET Bio também orientam para não cortar a área do ferimento, chupar a picada para retirar o veneno ou fazer um torniquete para evitar que o veneno se espalhe, “são medidas populares, mas que a ciência já comprovou que mais atrapalham do que ajudam”, explicam os estudantes. “Em muitos casos realizar algum desses procedimentos pode apenas piorar a situação, causando infecções”, observa a professora Simone.

Além disso, no treinamento também foi abordada a identificação das espécies de cobras e serpentes encontradas na região, como a cobra coral, falsa e verdadeira, a dormideira, a jararaca e a jararacuçu.

“Essas informações são importantes porque esses animais são essenciais para o equilíbrio ecológico, para o nosso ambiente. Eles são predadores de pequenos roedores, inclusive ratos, que transmitem doenças como a leptospirose. Ou seja, a gente precisa manter um equilíbrio. A reação não deve ser matar (a serpente), deve ser a de retirar o animal do local onde ele oferece risco, ou deixar ele ir embora, se isso for possível”, explica Simone.

As informações foram divulgadas no site da FURB e organizadas pela Central Multimídia de Conteúdo/Jornalismo da universidade. Seria uma ótima iniciativa para as escolas e comunidade em geral.