Furb e Celesc estudam medidas para reduzir o número de bugios eletrocutados

Foto: Celesc

 

 

Foto: Celesc

 

Os bugios utilizam os postes e a fiação elétrica para se movimentar nas áreas próximas às coberturas vegetais. Entre 2001 a 2018, dos 232 atendimentos prestados para macacos através do Projeto Bugio, 30% deles foram em decorrência de choques elétricos. A metade deles não resistiu aos ferimentos e morreram.

A FURB e Celesc comprometeram-se junto ao Ministério Público de Santa Catarina a adotar medidas que reduzam esse índice até o início de setembro desse ano. Dentre as iniciativas estão a instalação de pontes (passa-faunas), isolamentos da rede elétrica e a cessão de armadilhas fotográficas para o monitoramento dos animais.

Quando o animal recebe a descarga elétrica, também ocasiona interrupções no fornecimento de energia à população. O projeto Bugio mapeou os pontos mais críticos e a partir destes levantamentos, junto com a Celesc, serão adotadas em conjunto algumas medidas mitigatórias que minimizem o número de animais eletrocutados.

A Promotoria Regional do Meio Ambiente de Blumenau acompanhará as instalações, as atividades e os resultados das iniciativas, que poderão servir no futuro para a criação de um programa institucional na Celesc sobre o tema. Além de estarem ameaçados de extinção, os bugios revelarem a presença do vírus da febre amarela numa área.  Ele morre primeiro e o exame para determinar a causa pode dar o alerta.

O Projeto Bugio da Furb em Indaial (SC), existe há 27 anos e tem como foco a preservação dos bugios-ruivos, Alouatta clamitans. Atualmente, a sede do Centro de Pesquisas Biológicas possui cerca de 40 animais e é mantido por meio de um convênio entre a Prefeitura Municipal de Indaial e a FURB.

Com informações da Furb