Cinco décadas depois de sua construção, a Barragem Sul, em Ituporanga, ganhou uma nova vida. A 148,7 quilômetros dali, técnicos da Secretaria de Proteção e Defesa Civil (SPDC/SC), em Florianópolis, agora conseguem operar as comportas de forma remota — algo impensável quando a estrutura foi erguida na década de 1970.
O feito é resultado de um investimento de R$ 23,3 milhões que modernizou completamente o sistema, trocando comportas, revisando galerias internas e atualizando todo o sistema elétrico.
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A partir de agora, as cinco comportas principais e o canal de desvio podem ser abertos ou fechados tanto presencialmente quanto pela internet. Caso falte energia, o sistema aciona automaticamente um gerador de backup e, se for preciso, entra em ação um banco de baterias. Toda a comunicação é feita por fibra óptica, com conexão via satélite (Starlink) como alternativa de suporte.
“Santa Catarina vive um novo momento. Depois de décadas sem manutenção, a Barragem Sul está completamente revitalizada e modernizada, garantindo mais agilidade e segurança para proteger vidas”, afirmou o governador Jorginho Mello.
Como funciona na prática
Durante períodos de cheia, o nível do rio é monitorado por uma estação hidrometeorológica em Rio do Sul. De acordo com os dados recebidos, as comportas são operadas de forma coordenada, reduzindo o impacto das águas e a erosão das margens. O processo segue um protocolo técnico: no fechamento, começam pelas comportas laterais (1 e 5), seguem pelas intermediárias (2 e 4) e finalizam na central (3). Na abertura, a sequência é inversa, garantindo equilíbrio na vazão.
Segundo o secretário da Defesa Civil, Mário Hildebrandt, o novo sistema traz mais precisão e segurança para as cidades beneficiadas — Ituporanga, Aurora, Rio do Sul e Lontras. “Com o funcionamento remoto, garantimos que a barragem é operada de forma técnica e segura, proporcionando mais tranquilidade às comunidades do Vale do Itajaí”, destacou.
Próximos passos
A modernização da Barragem Sul é apenas o início de uma série de melhorias no sistema catarinense de contenção de cheias. Já está em andamento uma licitação para a recuperação do vertedouro e de estruturas complementares, incluindo o salto esqui, que dissipa a energia da água que desce pelo vertedouro.
O modelo de automação adotado em Ituporanga servirá de referência para as barragens de Taió (Barragem Oeste) e José Boiteux (Barragem Norte), que também devem receber novos sistemas e integração remota. “Estamos preparando o Estado para enfrentar os desafios climáticos com responsabilidade e tecnologia”, reforçou o governador.
Com o avanço, Santa Catarina dá um passo importante rumo à operação totalmente automatizada de suas barragens — um movimento que une prevenção, inovação e segurança para as comunidades que convivem com os riscos das cheias no Vale do Itajaí.







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