Exposição de A a Z e outras iniciativas da Fundação Cultural

Sérgio Campregher

No domingo terminou a exposição gratuita Alemanha de A a Z. Logo após a entrada o historiador Sérgio Luiz Campregher apresentava aos visitantes dados super interessantes sobre a história da Alemanha, através de um mural, com pequenas aberturas interativas. Depois, cada visitante ficava livre para visitar os 3 ambientes da exposição.

Ricardo Pimenta

Foram aproximadamente 2.000 visitantes desde o dia 21 de setembro, entre blumenauenses e turistas de 70 cidades diferentes e outros países. Conversei com o diretor de Cultura da Fundação Cultural de Blumenau, Ricardo Pimenta, sobre uma avaliação dos dias em que a exposição esteve na cidade.

Estratégia de divulgação

A Fundação Cultural fez uma estratégia que vem adotando desde o início do ano para não atingir só um público específico. De modo geral as exposições são muito direcionadas para grupos escolares. Além de enviar convites, também foi ligado para todas as escolas (públicas, estaduais, particulares) visitarem a exposição.

Para as empresas que são parceiras da FCB, houve um estimulo para as visitas de seus funcionários. Foram criados materiais específicos dizendo o seguinte: ¨se a sua equipe de colaboradores visitar a exposição, você estará proporcionando a eles uma experiência diferente, ampliando o seu repertório profissional. Equipes com maior repertório, entregam resultados melhores.¨ Além disso, para cada pessoa que entrava aqui, foi feito um convite estendido a família e amigos.

Foi realizado um trabalho integrado de comunicação através dos meios tradicionais de comunicação, mas também através de blogs e redes sociais da cidade. Por exemplo, no Facebook divulgáva-se todos os dias uma letra para que as pessoas fossem aos poucos conhecendo o conceito da exposição. Um fator que ajudou, foi a ampliação do horário da exposição na última semana até as 20h, já que o normal era das 10h às 16h.

Para os turistas que estavam na oktoberfest, houve um trabalho junto aos ônibus que estacionavam na Praça Dr. Hercílio Luz, afinal o turismo nesse período não pode ser feito só a noite. Temos que oferecer mais opções para as pessoas.

O grande diferencial

Geralmente nas exposições você pode apenas observar, mas não tocar. Como foi uma exposição interativa, esse foi o ponto que chamou a atenção das pessoas, que puderam ver um vídeo, escutar um áudio e folhear impressos.

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26 letras gigantes com dados sobre a Alemanha

Os 26 módulos estavam distribuídos de uma maneira que pudessem representar um pouco da história, cultura e hábitos do alemão. A letra N fala dos nazistas. Como será que a Alemanha se comporta com essa questão? Existem ainda grupos formados que tentam manter essa ideologia viva, mas a Alemanha tenta combatê-la de maneira firme. Já na  letra “L” de Lorelei, podemos fazer uma comparação da lenda da sereia alemã que  deixava os navegadores meio confusos com a Iara da mitologia brasileira, mostrando como todas as culturas tem sinergia. É a oportunidade de conhecer a Alemanha e fazer um link com a cultura do seu país, reforçando o aprendizado como um todo.

Blumenau, a única cidade brasileira que não é capital por onde passou a exposição

Patrocinada pelo Instituto Goethe e outras grandes instituições e empresas alemãs, a exposição veio do Rio de Janeiro para Blumenau, depois de passar por Recife, Salvador e Brasília. Daqui, ela irá direto para Curitiba, encerrando em São Paulo no ano que vem, quando terminam as atividades do Ano da Alemanha no Brasil.

Estrutura que envolve uma exposição dessas

A empresa que fez a logística dessa exposição pelo Brasil, é a mesma responsável pela logística da Fórmula 1, do Circo de Solei e até do Rock in Rio. Foram necessárias mais de 25 pessoas envolvidas diretamente na montagem e outras 60 indiretamente. No total são 7 toneladas de equipamentos, em que foram necessárias 2 carretas de 18 metros cada.

Uma avaliação de 2013 do trabalho junto à Fundação

Esse ano, além dessa exposição, a Fundação teve o objetivo de resgatar as relações institucionais. O que significa isso? É se aproximar dos principais órgãos de cultura, sejam eles municipais, estaduais, nacionais e até internacionais como foi o caso do Instituto Goethe, mostrando a disposição em desenvolver parcerias.

Podemos citar a exposição dos Irmãos Grimm, que em 2 meses teve mais de 6.000 visitantes. Outro que merece destaque, é a mostra da semana do cinema alemão com lotação total de público. A estimativa é terminar 2013 com 500 eventos na FCB sendo dezenas destes em pontos diferentes da cidade. Para novembro e dezembro teremos mais de 60 atividades. No dia 07 de novembro, por exemplo, inicia  a 5ª  temporada de exposições com artes de todo Brasil. O destaque é para o blumenauense Pita Camargo que comemora 30 anos de carreira. Um detalhe importante: 95% deles gratuitos.

 

Fernando Kunz e seu filho

Falei com os visitantes Fernando Kunz, que já viveu na Alemanha, e fez questão de levar seu filho Fernando Kunz Timmermans, sobre o que acharam da exposição. Gostaram porque além de trazer novas informações, também reafirmou o que já sabia. Mas a interatividade foi o ponto forte para o seu filho.

 

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