Entramos em contato com Norberto Ramalho nesta sexta-feira (31/10/25) para buscar sua versão sobre as denúncias envolvendo o uso de veículos oficiais da Intendência da Vila Itoupava, em Blumenau. Ele gentilmente nos atendeu e enviou um áudio explicando o que aconteceu e por que decidiu pedir exoneração do cargo.
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Segundo Ramalho, algumas denúncias já foram apuradas e esclarecidas, enquanto outras ainda estão em investigação. Entre elas, a que mais o deixou “triste e chateado” foi a que o envolve diretamente.
“Vi um senhor de 86 anos na frente de uma loja, com uma bengala, tentando levar um fogão para casa, a uns cinco ou seis quilômetros daqui. Ele iria a pé buscar alguém para ajudar, e eu decidi levá-lo. Não me arrependo de ter ajudado, só de ter usado o veículo público”, relatou.
Ramalho contou que o fogão de cinco bocas não cabia em seu carro particular, e por isso utilizou uma Fiat Strada da frota oficial para transportar o idoso e o eletrodoméstico. “Coloquei o fogão na Strada e levei ele para casa. Infelizmente, alguém me viu, tirou fotos e enviou para quem fez a denúncia. Isso acabou gerando toda essa confusão”, disse.
Ele reconheceu que cometeu um erro ao utilizar o veículo público, mas afirmou que a atitude foi motivada por empatia e solidariedade. “Não houve má-fé. O único erro foi usar o carro da Intendência. Eu faria tudo de novo, mas com o meu próprio veículo”, afirmou.
O ex-intendente explicou ainda que pediu a exoneração para preservar a imagem da Prefeitura de Blumenau e evitar que o caso gerasse desgaste à administração. “A gestão sempre me apoiou, sempre me deu respaldo. Eles não têm culpa desse equívoco. Não queria que sofressem as consequências disso, por isso pedi para sair”, concluiu.
O que aconteceu
Na terça-feira (28), o presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Ailton de Souza (PL), o Ito, apresentou fotos e vídeos que mostrariam servidores da Intendência da Vila Itoupava utilizando veículos oficiais para fins particulares. O material foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que deve analisar as provas e decidir se instaura um procedimento investigativo.
Um dos registros envolve justamente a Fiat Strada utilizada por Ramalho, que admitiu o episódio. A Prefeitura confirmou o pedido de exoneração do então intendente e informou que acompanhará o andamento das apurações, reafirmando o compromisso com a transparência e o uso correto do patrimônio público.
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