Especialista orienta sobre como diferenciar sintomas de gripe, resfriado, Covid-19

 

 

 

 

Fora de controle, o aumento no número de casos da Covid-19 alerta para a importância de saber identificar quais sintomas podem ser mais preocupantes e quando realmente é necessário buscar atendimento médico. A orientação é para que as pessoas com sintomas leves de gripe e resfriado fiquem em casa e só procurem os hospitais se apresentarem sintomas mais intensos, principalmente a falta de ar.

Infecções respiratórias são mais frequentes com a chegada do inverno, principalmente no cenário desta pandemia. Diante disso, cada caso deve ser avaliado com muita cautela, explica o infectologista e cooperado à Unimed Blumenau, Dr. José Amaral Elias, que orienta sobre os sintomas mais comuns de doenças respiratórias:

Resfriado comum: Espirro, coriza ou nariz entupido e dor de garganta são os mais comuns. Febre pode ocorrer geralmente baixa e de curta duração, porém é rara.

Gripe (incluindo H1N1): Febre, dores no corpo e de cabeça, dor de garganta, além de indisposição, falta de apetite com tosse seca e coriza. Quando provoca falta de ar ou quadro com febre persistente (mais de dois dias) deve-se procurar por avaliação médica. Outro detalhe importante é que mesmo sem sintomas intensos e fazendo parte dos grupos de risco (gestantes, puérperas, crianças abaixo de cinco anos, adultos com 60 anos ou mais, diabéticos, doenças pulmonares, obesos, portadores HIV, neoplasias, etc.), deverão buscar atendimento médico dentro dos primeiros três dias dos sintomas para início do tratamento com o medicamento Oseltamivir (Tamiflu).

Covid-19: Muito mais variáveis, em algumas pessoas os sintomas não aparecem, e outras apresentam sintomas leves semelhantes ao do resfriado comum e até sintomas próprios como diarreia, perda do paladar e do olfato (às vezes isoladamente), manchas no corpo (mais comum em crianças) e conjuntivite. Podendo evoluir para sintomas mais severos, cuja falta de ar (mesmo que leve) é o de maior risco.

O especialista reforça que é importante estar sempre atento ao aparecimento de quaisquer sintomas mais severos e procurar ajuda médica caso seja necessário sem esperar muito tempo, principalmente se houver dificuldade para respirar. Outros fatores importantes de observar são os sinais geralmente mais tardios de infecções bacterianas como a pneumonia que pode ser com tosse e presença de catarro, piora da febre e dor no tórax ou sinusite com piora na congestão nasal, coriza purulenta e dor de cabeça principalmente na parte frontal. Nesses casos eventualmente há indicação de uso de antibióticos, principalmente no caso de pneumonia e internação hospitalar.

Uma ressalva muito importante é evitar o uso de medicação desnecessariamente já que para a Covid-19 não há até o momento nenhum medicamento absolutamente eficaz, em qualquer fase da doença, que tenha comprovação científica e muitas vezes os efeitos colaterais podem ser severos. Assim, como no caso da gripe que tem a indicação médica do Tamiflu, qualquer outra medicação que não sejam sintomáticos como antitérmicos ou analgésicos deve ser prescrita pelo profissional médico.

Para aqueles que apresentarem febre (considera-se aquela acima de 37,8?) por mais de dois dias e/ou falta de ar já no primeiro dia, mesmo que leve, ou então se o paciente se enquadrar no grupo de risco citado acima, a orientação é entrar em contato com seu médico.

Como se proteger:

  • Lave as mãos com frequência, até a altura dos punhos, com água e sabão, ou higienize com álcool em gel 70%.
  • Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos. Evite tocar olhos, nariz e boca e se tocá-los, lave ou higienize imediatamente as mãos.
  • Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando e evite abraços, beijos e apertos de mãos.
  • Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados, e não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
  • Evite circulação desnecessária nas ruas e ambientes que promovam aglomerações. Se puder, fique em casa.
  • Pratique exercícios físicos e tenha uma alimentação saudável.
  • Utilize máscara para sair de casa. Lembrando que a máscara sempre deverá cobrir muito bem as narinas, pois o nariz concentra maior quantidade de vírus quando se está contaminado.
  • Esteja em dia com todas as vacinas de acordo com a sua faixa etária, principalmente com a vacina do vírus influenza.
  • Se estiver com sintomas respiratórios, evite aglomerações e procure não sair de casa.