Especialista dá uma lista de sugestões que vão ajudar a fazer sua reserva financeira em 2018

 

Por Bruna Gabriela Ziekuhr

Entra ano e sai ano, um desejo é quase unânime entre as pessoas: ter uma reserva financeira. Apesar de estar na lista de resoluções de quase todo mundo, esse é um desafio que nem todos conseguem superar. Prova disso é que 65% dos brasileiros não poupam dinheiro, segundo levantamento divulgado recentemente pelo Datafolha.

Mas qual é a dificuldade? O especialista em finanças, Andriei Beber, explica que o problema é a falta de educação financeira da população e o consequente pensamento de que para poupar é preciso ganhar muito. “Ter uma reserva financeira e uma vida economicamente estável é na verdade fruto de um hábito que devemos ter desde a infância, através da iniciativa dos pais”, afirma.

Para te ajudar nesta tarefa e iniciar 2018 focado em fazer deste um ano melhor para suas finanças, Beber elenca o que ele chama de 10 mandamentos para ter prosperidade quando o assunto é dinheiro:

1. Estabeleça claramente seus objetivos financeiros – essa é a primeira regra da estabilidade financeira. Estipule o que você quer conquistar com o dinheiro poupado, seja uma parte para a aposentadoria, seja para uma viagem ou comprar um imóvel. Quando há um destino já determinado para o dinheiro, fica mais fácil poupá-lo.

2. Desenvolva uma atitude positiva em relação ao dinheiro – o dinheiro ou a falta dele não deve ser visto com pesar. É preciso compreender que ter a condição financeira que se deseja está muito atrelado ao tamanho do seu empenho, seja para poupar ou para gerar mais renda.

3. Identifique oportunidades de ampliar suas receitas – muitas pessoas equilibram suas contas e realizam seus sonhos desenvolvendo atividades adicionais ao longo da vida para buscar mais recursos. Se a pessoa, por exemplo, trabalha no horário comercial, ela pode destinar parte da sua noite vendendo algum produto ou produzindo algo que lhe traga dinheiro.

4. Promova o saneamento de suas dívidas – se você tem contas a pagar, quitá-las deve ser sua prioridade quando iniciar um processo de recuperação financeira. Busque negociar a dívida e, se for necessário, utilize as primeiras reservas para isso. Somente após ter as contas em dia destine o valor à poupança.

5. Faça da economia para o futuro um hábito – estabeleça no seu orçamento familiar um percentual que deve ser todo mês destinado à poupança, algo em torno de 20% do seu salário. Ao ver o montante aumentando você fica motivado a guardar cada vez mais.

6. Separe amizade dos negócios – não é de hoje que ouvimos o ditado: “amigos, amigos; negócios à parte”. Embora antigo, ele é muito real, principalmente quando o assunto é dinheiro. Esse é um tema que deve ser debatido de forma independente da relação pessoal e, se necessário, estipulando regras de empréstimo ou negócios contratualmente.

7. Entenda que o dinheiro é um meio e não um fim – ele precisa ser encarado como um meio para realizar sonhos e proporcionar estabilidade e segurança. Ninguém trabalha unicamente para ter uma conta cheia e sim para poder usufruir do que ele pode proporcionar.

8. Estude e leia sobre finanças – compreender como funciona esse universo financeiro que afeta todos os aspectos da nossa vida é fundamental. Por isso, dedicar um pouco tempo a ler sobre o tema pode levar as pessoas a decisões mais acertadas, como, por exemplo, as questões que envolvem financiamentos (bancário, imóvel, automóvel) e investimentos (poupança, fundos, Tesouro Direto).

9. Evite gastar por impulso – na hora da compra, seja racional. Avalie se há necessidade real de adquirir determinado produto e se você tem condições de pagar por ele sem interferir negativamente no seu orçamento familiar.

10. Sempre gaste menos do que ganha – não comprometa todo o valor de sua renda em compras. Deixe uma fatia do valor para que você possa utilizar no decorrer do mês, evitando se endividar em cartão de crédito ou cheque especial.