
Poucas formações musicais conseguiram atravessar tantas décadas mantendo viva a essência de um estilo e conquistando novas gerações sem perder a identidade. Os Egerländer Musikanten foram um desses raros casos. Criada por Ernst Mosch (1925–1999), a orquestra transformou a Blasmusik — a música de sopros boêmia — em um fenômeno mundial, levando seus timbres e melodias a palcos lendários.
Com o passar dos anos, a responsabilidade de preservar esse legado coube a Ernst Hutter, que esteve quase 40 anos no coração da banda, primeiro como músico e depois como líder. Sob sua batuta, os Egerländer evoluíram, promovendo uma renovação contínua do estilo sem jamais perder a fidelidade criativa à tradição.
Em sua grande turnê de despedida, intitulada “Mein Finale”, percorreu a Alemanha, Suíça, França, Bélgica e Áustria, celebrando uma história de paixão, disciplina e alegria de viver. Mais do que uma série de concertos, a turnê marcou o encerramento de uma era na música de sopros europeia — um verdadeiro diálogo entre passado e futuro.
INFÂNCIA NO ALLGÄU — RAÍZES ENTRE MONTANHAS E MELODIAS
Ernst Hutter nasceu em 7 de abril de 1958, na pequena cidade de Opfenbach, na região de Allgäu, sul da Alemanha. Desde a infância, viveu cercado pelos sons característicos da música de metais. O fascínio pelas bandas locais e a atmosfera festiva das apresentações despertaram cedo sua vocação.
Seu pai, Fritz Hutter, respeitado Maestro da banda em Roggenzell, foi o primeiro mentor e o grande exemplo de disciplina musical. Em casa, a música era rotina familiar — com a mãe e quatro irmãos igualmente apaixonados. Hutter iniciou-se com o trompete, o clarinete e o acordeão; mais tarde, descobriu sua afinidade com os metais graves — especialmente o trompa tenor, o barítono e o trombone. Essa formação múltipla deu-lhe domínio sobre todas as formas da música de sopros: folclórica, boêmia, de entretenimento e sinfônica.
DE STUTTGART AO MUNDO: DISCIPLINA, JAZZ E ESTRADA
Determinando-se a seguir carreira, ingressou em 1978 na renomada Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Stuttgart, onde estudou trombone clássico sob a orientação de mestres como Richard Zettler e Joachim Kaiser. Ali, apaixonou-se também pelo jazz, inspirado por Jack Teagarden, Bobby Burgess e J. J. Johnson. Essa mistura de rigor acadêmico e liberdade rítmica moldou o estilo que marcaria sua vida.
Ainda estudante, recebeu seu primeiro emprego profissional como maestro da banda municipal de Herrenberg, em 1985. O cargo durou pouco: no mesmo ano, foi convidado por Ernst Mosch para integrar os Original Egerländer Musikanten e passou a tocar trombone na SDR-Tanzorchester, sob a regência do lendário Erwin Lehn — o mesmo maestro que, décadas antes, havia trabalhado com Mosch. Esse elo entre mestres e discípulos simbolizava a continuidade viva da tradição musical alemã.
Paralelamente, Hutter integrou o Sexteto de Jazz de Horst Jankowski, aprimorando seu domínio do improviso e a fluidez entre os mundos da música popular e do jazz. Essa convivência com estilos distintos — da big band ao repertório de câmara — seria decisiva na sonoridade que mais tarde imprimiria aos Egerländer Musikanten, combinando técnica clássica e espontaneidade artística.
Com o passar dos anos, Hutter consolidou-se como um dos trombonistas mais completos da Alemanha. Tornou-se membro da SWR Big Band (antiga SDR-Tanzorchester, renomeada após a fusão das emissoras públicas do sudoeste alemão), onde atuou por 35 anos ao lado de gigantes como Hugo Strasser, Paul Kuhn e Max Greger. Além disso, participou de grupos de câmara como o SWR Allstar Quintett, o conjunto de trombones Quattrombones e o Quarteto de Metais de Stuttgart, além de liderar seu próprio quarteto de jazz. Essa versatilidade conferiu-lhe um domínio raro sobre a linguagem dos metais e um senso artístico refinado.
Seu papel como músico e gestor de orquestra lhe proporcionou uma rara combinação de sensibilidade e experiência — qualidades fundamentais em sua futura liderança dos Egerländer Musikanten. Com o tempo, passou a compartilhar esse conhecimento em seminários e workshops, inspirando jovens músicos e perpetuando a perenidade da sonoridade Egerländer.

SOB A BATUTA DE MOSCH: O DISCÍPULO E O MESTRE
Em 1985, a vida de Ernst Hutter tomou um rumo decisivo quando foi convidado por Ernst Mosch para ingressar nos Original Egerländer Musikanten como trompista tenor. Na época, a banda já era referência mundial da Blasmusik boêmia, e tocar sob a batuta de Mosch era tanto uma honra quanto um desafio.
Mosch, conhecido por sua exigência e perfeccionismo, viu em Hutter não apenas um instrumentista talentoso, mas um intérprete capaz de compreender e prolongar a alma sonora dos Egerländer. Durante os 14 anos sob sua direção, Hutter absorveu as nuances do estilo: a delicadeza dos fraseados, o equilíbrio entre nostalgia e alegria e o respeito absoluto às raízes culturais. Essa convivência transformou-se em legado vivo — um aprendizado que o prepararia para liderar a banda após a morte de Mosch, em 1999.
TRADIÇÃO EM MOVIMENTO: A LINGUAGEM EGERLÄNDER NO SÉCULO XXI
A morte de Ernst Mosch em 1999 marcou profundamente os Egerländer Musikanten, abrindo uma lacuna quase impossível de preencher. A tarefa de manter a identidade musical da banda, sem perder a alma que Mosch tão habilidosamente havia moldado, foi um grande desafio. Inicialmente, Hutter assumiu a liderança ao lado de Toni Scholl, mas foi em 2003 que ele se tornou o único comandante da orquestra. Nesse período de transição, Hutter se dedicou a preservar a sonoridade autêntica que fez dos Egerländer Musikanten uma das bandas de metais mais aclamadas do mundo, enquanto buscava trazer novas ideias para manter o grupo relevante e conectado com o público contemporâneo.
Sob a liderança de Hutter, a banda experimentou uma nova fase de crescimento, explorando novos horizontes e ampliando sua presença internacional. Um dos marcos dessa expansão foi a memorável apresentação na Carnegie Hall em 2006, que consolidou a reputação global do grupo. Ao mesmo tempo, Hutter soube integrar inovações sem jamais comprometer a essência da música boêmia. Novos projetos, como a fusão de sons modernos com a tradicional sonoridade dos metais, marcaram sua gestão, sempre respeitando a tradição que Mosch havia deixado como legado. A habilidade de Hutter em balancear tradição e inovação foi crucial para manter a relevância da banda, atraindo novas gerações de fãs, sem perder o respeito pelas raízes que a tornaram imortal.

HUTTERMUSIC: QUANDO MEMÓRIA VIRA FUTURO
Em 2018, Hutter fundou, em Amtzell, a HutterMusic GmbH, ao lado da esposa Uschi e dos filhos Martin, Julian e Stephan. A editora familiar preserva e distribui as gravações e partituras dos Egerländer Musikanten, garantindo a continuidade do repertório e dos valores do grupo. Mais do que uma empresa, a HutterMusic representa o ideal de transformar memória em futuro — mantendo viva a tradição que atravessa gerações.
“MEIN FINALE”: UMA DESPEDIDA EM CAPÍTULOS
Com a turnê “Mein Finale”, iniciada em 2024 e que se encerrou em agosto deste ano, Ernst Hutter encerrou uma trajetória que marcou a história da música de sopros europeia — 25 anos como maestro e 40 anos como músico dos lendários Egerländer Musikanten. A turnê percorreu mais de 30 cidades da Alemanha, Áustria, Suíça, França e Bélgica, reunindo emoção, gratidão e um sentimento de despedida que uniu gerações de fãs. Mais do que uma série de concertos, Mein Finale transformou-se em uma celebração de vida e de legado, um tributo à dedicação de Hutter à Blasmusik e à herança musical boêmia que ele ajudou a preservar e renovar.
O ponto alto da turnê aconteceu em Colônia (Köln), nos dias 20 e 21 de junho de 2025, durante o Egerland Festival. O festival transformou a cidade em um grande encontro de fãs e músicos vindos de toda a Europa, celebrando a trajetória do maestro em clima de festa e emoção. Outro momento marcante foi a participação no festival austríaco Woodstock der Blasmusik, onde Hutter e os Egerländer demonstraram, diante de um público jovem e vibrante, que a música tradicional boêmia segue viva e atual.
Já o retorno à sua terra natal, com os concertos de 30 e 31 de agosto na Allgäuer Freilichtbühne, em Altusried, teve o sabor agridoce das despedidas. Sob o céu da Baviera, diante de milhares de admiradores, Hutter encerrou o ciclo como começou: rodeado de música, amigos e das montanhas que moldaram sua alma artística. A emoção tomou conta do público e dos músicos, num momento que uniu reverência, orgulho e gratidão.
O encerramento oficial ocorrerá no próximo dia 7 de novembro, no histórico Circus Krone, em Munique, unindo despedida e celebração: os 100 anos do circo e o início da turnê de 70 anos dos Egerländer Musikanten. Nesse concerto, Hutter passará o bastão ao novo maestro Alexander Wurz, trompista tenor da banda desde 2011, simbolizando uma transição harmoniosa e planejada. Wurz simboliza a continuidade de uma tradição que atravessa gerações, e Hutter se despede com serenidade, deixando a banda sólida e inspirada para seguir o caminho que ele ajudou a fortalecer — o da música que nasce da alma e ecoa pelo coração da Europa.
O SOM QUE PERMANECE
Ao encerrar sua jornada, Hutter não se despediu apenas de um palco, mas de uma época inteira da Blasmusik. Foram quatro décadas de dedicação, paixão e sensibilidade, nas quais preservou o som criado por Mosch e o renovou com delicadeza. Sob sua batuta, a música boêmia manteve-se viva — um elo constante entre ontem e amanhã.
Hutter deixou os palcos com a elegância de quem cumpriu sua missão. Seu legado permanece nas melodias que ecoam pelas praças e teatros da Europa. A cada acorde, ressoam as marcas de sua alma — a harmonia perfeita entre disciplina e emoção. E enquanto uma trompa tenor soar, a voz de Ernst Hutter permanecerá, suave e eterna, no coração da música europeia.

Poucos dias após uma das apresentações mais emocionantes do Egerland Festival, em Colônia, tive a honra de conversar com o maestro Ernst Hutter — um daqueles raros encontros em que o tempo parece desacelerar e a música continua ressoando nas palavras. Com serenidade e gratidão, ele falou sobre a infância musical, as lições de Ernst Mosch, os desafios da liderança e a magia de uma música que continua a unir gerações. Compartilho com grande alegria esta entrevista exclusiva com os leitores brasileiros do Hallo Heimat — um tributo a um mestre que transformou a Blasmusik em sentimento.
Hallo Heimat: Seu pai foi um grande incentivador da sua formação musical. Como foi crescer em um ambiente tão musical? E, ao olhar para seus próprios filhos, o senhor procurou seguir o exemplo dele e apoiar o desenvolvimento musical deles da mesma forma?
Ernst Hutter: Naturalmente, ainda hoje sou grato ao meu pai, Fritz Hutter, por seu entusiasmo em me introduzir à música. Ele foi, sem dúvida, um exemplo que me inspirou a despertar o mesmo interesse pela música em meus filhos. Em nossa família, a música sempre esteve presente — algo para ouvir e vivenciar juntos. Meus filhos sempre puderam estar comigo em meus concertos e me ver ao vivo. Eles cresceram sabendo que eu era músico dos Egerländer Musikanten, da SWR Big Band, ou que me apresentava com grupos clássicos e de jazz ao lado de colegas profissionais.

Hallo Heimat: O senhor ingressou nos Egerländer Musikanten em 1985. Como foi trabalhar diretamente com Ernst Mosch? Quais foram as lições mais importantes que ele lhe deixou — em relação à música, à liderança e, talvez, à vida?
Ernst Hutter: Na época em que fui convidado por Ernst Mosch, eu já havia trabalhado com muitos outros músicos e maestros profissionais. Durante meus primeiros anos, aprendi muito e adquiri diversas experiências. Mosch era um ídolo para mim, e sua vivência pessoal e musical me marcaram profundamente. A forma direta e firme com que ele seguia seu caminho e sua presença pessoal me impressionaram muito. Nos 14 anos em que trabalhamos juntos, pude aprender inúmeras coisas com ele e, a partir disso, desenvolver minhas próprias ideias e visões.
Hallo Heimat: Depois de tantos anos à frente dos Egerländer Musikanten, o senhor certamente viveu momentos inesquecíveis. Há algum concerto que tenha ficado especialmente marcado na sua memória? E como foi tocar na terra natal de Ernst Mosch e sentir essa conexão tão profunda com a história do grupo?
Ernst Hutter: Durante meus 25 anos como maestro da mais bem-sucedida orquestra de metais do mundo, vivi muitos concertos maravilhosos. Mas o concerto ao ar livre em setembro de 2010, em Cheb (Eger), foi certamente um dos mais emocionantes. A atmosfera especial daquela noite, quando pudemos tocar pela primeira vez na terra de origem da nossa música, eu jamais esquecerei. Naquele momento ficou claro para mim, mais uma vez, que nossa orquestra é muito mais do que uma instituição musical — é história viva em forma de som.
Hallo Heimat: O som dos Egerländer Musikanten é muito característico e evoluiu ao longo dos anos. Além da tradição da Blasmusik, o senhor também estudou trombone clássico e jazz. Como essas influências moldaram sua abordagem musical dentro do grupo? E como conseguiu equilibrar a preservação da tradição com a inovação? Houve resistência por parte do público mais tradicional?
Ernst Hutter: Como mencionei na resposta anterior, nossa orquestra permaneceu, ao longo de quase 70 anos, um organismo vivo e dinâmico. Ernst Mosch trabalhou por 43 anos para isso, e eu, durante meus 25 anos de liderança, também fiz tudo o que pude para unir a grande tradição com as mudanças inevitáveis que o tempo traz. Como todos sabemos, a única constante é a transformação. Mosch trouxe aos Egerländer sua formação musical — entre outras coisas, como trombonista principal em uma banda de swing — e eu, com minha formação e experiência, ajudei a ampliar as possibilidades da orquestra. Assim como ele, também enfrentei críticas ao longo do caminho, mas o grande sucesso de ambos mostrou que estávamos certos em seguir adiante.

Hallo Heimat: A cena da Blasmusik mudou muito nos últimos anos — com festivais como o Woodstock der Blasmusik e um público cada vez mais jovem. Como o senhor vê essa nova fase? Qual é, em sua opinião, o segredo da longevidade desse estilo? E como os Egerländer Musikanten ainda conseguem encantar novas gerações?
Ernst Hutter: Nossa orquestra, com sua história rica e de grande sucesso, continua sendo um exemplo para os jovens músicos. Representamos plenamente as forças da música de sopros — modernos na forma de pensar, sempre baseados em trabalho honesto, vivendo a tradição de modo autêntico e abertos a novos sons. Hoje, a Blasmusik é uma cena muito viva, que oferece muitas oportunidades para a nova geração. Consideramos nossa missão contribuir para essa cena com nossas ideias e talentos.
Hallo Heimat: A escolha de um sucessor é sempre um momento decisivo. O que o levou a escolher Alexander Wurz para assumir a liderança dos Egerländer Musikanten? E, pessoalmente, como foi a decisão de encerrar sua trajetória como maestro após tantos anos?
Ernst Hutter: Tomar uma decisão de tamanha importância nunca é simples. Minha motivação foi fazer jus ao significado único da nossa história. Meu sucessor tem tudo o que é necessário para garantir o futuro da orquestra na sua atual formação. Cedi meu lugar para ele, mas, naturalmente, continuarei disponível para aconselhá-lo sempre que necessário. Nosso lema interno — “Einmal Egerländer, immer Egerländer” (“Uma vez Egerländer, sempre Egerländer”) — tem um grande significado para mim. Alexander recebeu o bastão com grande paixão, e eu continuarei torcendo por ele com entusiasmo! 😊
Hallo Heimat: Ernst Mosch era conhecido por dedicar seu tempo livre à família e à criação de pombos. E o senhor — quem é Ernst Hutter fora dos palcos? Quais são seus hobbies e como costuma aproveitar o tempo livre?
Ernst Hutter: Para mim também, a família é algo fundamental — meus filhos, minhas noras e meus netos são muito importantes e representam a base de todo o nosso sucesso. No meu tempo livre, gosto de estar em contato com a natureza e costumo pedalar pelas belas paisagens da Allgäu, a minha região natal.
Hallo Heimat: Além da Blasmusik, quais outros estilos musicais o senhor gosta de ouvir? Há alguma influência inesperada? Já teve contato com a música brasileira?
Ernst Hutter: Gosto de muitos estilos musicais — da música clássica ao jazz, passando até por sons mais roqueiros. A rica cultura musical do Brasil me é bastante familiar. Durante meu tempo como trombonista na SWR Big Band, tive a oportunidade de conhecer e tocar com grandes músicos brasileiros, como Ivan Lins e Paula Morelenbaum.
Hallo Heimat: O senhor sabia que a Blasmusik tem muitos fãs no Brasil, especialmente no sul do país, onde há uma forte tradição germânica? Já pensou em se apresentar por aqui — talvez na Oktoberfest de Blumenau?
Ernst Hutter: Já ouvi muitas vezes sobre essas tradições e também li na imprensa sobre o famoso festival de Blumenau. Tenho certeza de que seria algo muito especial para os Egerländer Musikanten poder se apresentar aí um dia.
Hallo Heimat: Para encerrar: que mensagem o senhor gostaria de deixar aos fãs brasileiros dos Egerländer Musikanten?
Ernst Hutter: Fico muito feliz em saber que nossa música tem tantos amigos no Brasil e desejo que continuem desfrutando dela com alegria. Colocamos sempre muita emoção em tudo o que tocamos — e é uma grande felicidade saber que esses sentimentos chegam até vocês, do outro lado do Atlântico.

Clay Schulze (@clay.schulze) é Presidente do Centro Cultural 25 de Julho de Blumenau, além de integrante do Männerchor Liederkranz e da Blumenauer Volkstanzgruppe.
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